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Após aprovar um reajuste de 7,7 por cento a aposentados, superior ao pretendido pelo governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantiu que não dará nenhum sinal de irresponsabilidade que possa comprometer a economia brasileira.

Ele lembrou que faltam apenas seis meses para o fim do seu mandato e que pretende entregar a seu sucessor um país mais arrumado do que aquele que recebeu em 2003.

"Não quero dar nenhum sinal de irresponsabilidade. Quero entregar este país mais preparado do que encontrei", disse Lula em discurso na inauguração da Companhia Siderúrgica do Atlântico.

Ele declarou que aprovou o aumento dos aposentados que recebem mais de um salário mínimo acima do proposto inicialmente pelo governo (6,14 por cento) mediante a garantia dos ministérios da Fazenda e do Planejamento de que haveria recursos para compensar este gasto.

Lula afirmou ainda que parte dos recursos para honrar este novo compromisso sairá do corte de emendas parlamentares. "Já que eles aprovaram, têm que dar uma contribuição", afirmou.

O presidente se mostrou confiante com a economia brasileira e previu que nos próximos dez anos o Brasil poderá se tornar a quarta maior economia do mundo.

"Esse país, no mais tardar em dez anos, será a quinta ou a quarta economia do mundo. Vamos crescer e crescer muito com responsabilidade e seriedade", afirmou.

Durante a inauguração da siderúrgica, resultado de um investimento de 5 bilhões de euros pela ThyssenKrupp e pela Vale, Lula disse, na presença do presidente do grupo alemão, Ekkehard Schultz, que a crise financeira europeia atual demonstra que o sistema financeiro da Europa está apodrecendo.

Lula criticou a demora dos países europeus em atuarem no socorro à Grécia e lembrou que a recusa do ex-presidente George W. Bush em socorrer o banco Lehman Brothers causou prejuízos bilionários à economia mundial.

"A crise europeia é de demora de tomada de decisão. Quando um paciente está com uma doença grave, a gente não espera, aplica logo o remédio. Não é possível que um país do tamanho Grécia provoque uma crise monstruosa na Europa toda", disse.

Se a Europa tivesse resolvido logo a crise, ela não teria chegado à Espanha e Portugal, previu.

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