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O líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), afirmou nesta sexta-feira (31) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva começou a abandonar a defesa do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). A afirmação do tucano tem como base as declarações do presidente Lula de que a crise no Senado não é problema dele e que não elegeu Sarney para o cargo.

"Ele está seguindo a receita velha do Lula. Ele tem sete anos de poder e conhecemos o homem e seu estilo. Primeiro o Lula abandonou Antônio Palocci (PT-SP) com declarações deste tipo, depois José Dirceu (PT-SP), Romero Jucá (PMDB-RR) e, em 2007, o Renan Calheiros (PMDB-AL). Agora está começando o processo desembarque e começando a abandonar o Sarney", disse o tucano ao G1.

Virgílio afirmou ainda que para o presidente da República o que interessa é ter um nome de seu agrado no comando do Senado. "Ele precisa que a sucessão no Senado não seja inóspita ao governo dele porque o Senado é uma casa delicada em relação ao governo".

Outra preocupação do presidente, na opinião do tucano, é com o apoio do PMDB ao governo. Para Virgílio, neste segundo caso, Lula não tem com o que se preocupar. "Ele precisa ter certeza que o PMDB não se indisponha com ele. Da primeira coisa, da sucessão do Senado, eu não tenho certeza de que o governo não terá o problema. Em relação à segunda, eu tenho certeza: nada fará o PMDB romper com Lula".

Mesmo com o suposto "abandono" de Sarney por Lula, o tucano não crê em uma renúncia imediata do peemedebista. Para Virgílio, Sarney é apegado ao cargo. "Ele está hoje restrito ao apoio ostensivo do Renan e da tropa de choque, mas não acho que o Sarney seja renunciante. Ele é "acumulante". Ele brigou até por um cargo de R$ 2,7 mil, imagina pela presidência do Senado. Eu desejo a renúncia, o Brasil precisa dela, mas eu não acredito".

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