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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez nesta terça-feira um balanço de sua política externa nos dois mandatos, enfatizando ao menos um princípio: o Brasil não abrirá mão de um papel protagonista global.

Lula defendeu a atuação internacional do país e posicionou o Brasil como líder regional sem deixar de estar ao lado dos países emergentes nos fóruns mundiais.

"O Brasil não é mais coadjuvante. O dado concreto é que o Brasil cresceu, virou importante, não porque temos 200 milhões de habitantes e 8 milhões de quilômetros quadrados. É mais importante porque temos políticas importantes", afirmou o presidente em evento no Itamaraty no Dia do Diplomata.

Para exemplificar a postura do Brasil perante os demais países, Lula relatou que em um encontro internacional do G8 todos os presidentes receberam o então dirigente dos Estados Unidos George Bush de pé, enquanto o presidente brasileiro não se levantou. "Humildemente, Bush se sentou conosco", contou.

"Não aconteceu nada de anormal. O anormal é ter levantado", disse Lula para marcar sua posição.

Em tom de ironia, disse ainda que demitiria ministros que tirassem o sapato em aeroportos, num recado aos EUA que fazem a exigência a passageiros por motivos de segurança.

Rebateu ainda críticas sobre a proximidade com o continente africano. "Visitamos 25 países africanos e espero visitar 20 quando não for mais presidente."

Nos fóruns de comércio, Lula lamentou que a comunidade internacional não tenha chegado a um acordo em relação à Rodada de Doha, que pretende estabelecer regras para o livre comércio mundial.

"Já faz dois anos e nunca mais ninguém tocou no assunto, como se não tivesse necessidade de resolver", lamentou.

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