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Ao contrário dos discursos públicos, em que ignora denúncias sobre o mensalão, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou as últimas 24 horas negando que tenha tido qualquer encontro com o empresário Marcos Valério, que o teria acusado, segundo a revista "Veja", de ser o chefe do esquema de corrupção.

Em campanha por candidatos do PT, sábado na Bahia e neste domingo (16) em São Paulo, Lula tem dito a interlocutores do partido que nunca esteve com o empresário.

"Uma coisa eu posso garantir, o Lula nunca esteve com o Marcos Valério. Se ele disse que esteve com o presidente Lula na Granja do Torto, é mentira", disse, ontem, o governador da Bahia, Jaques Wagner, que tem sido uma das principais companhias do ex-presidente. Os dois estiveram juntos no sábado em Feira de Santana, em comícios do candidato petista Zé Neto, e ontem participaram de um almoço de apoio à campanha de Fernando Haddad, em São Paulo.

O encontro aconteceu no Centro de Tradições Nordestinas (CTN), na zona norte da capital paulistana. Mais do que falar sobre o mensalão, petistas e aliados reforçaram acordos para a eleição deste ano. Protagonista de uma crise com o PT, o governador pernambucano Eduardo Campos, do PSB, esteve no almoço. Ele negou que estivesse na cidade para selar a paz entre os dois partidos. "Estou aqui para dar apoio ao Haddad", disse ele."

O próprio Jaques Wagner procurou estancar a crise política. Segundo ele, há situações de disputas locais, mas os dois partidos não estariam enfrentando muitos problemas. Para Wagner, ao comentar a possibilidade de o PSB lançar candidatura própria à Presidência em 2014, o partido de Campos tem, como os demais, todo o direito de concorrer. "Nós temos aliados, não eunucos."

Também no evento, a prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, disse que o momento é de esperar para saber quais são as intenções do PSB. "É preciso esperar o fim das eleições para saber se as disputas entre o PSB e o PT são pontuais ou se mostram algum desejo do partido de Eduardo Campos de ter candidatura em 2014", disse ela.

Humberto Costa, candidato do PT à prefeitura de Recife, onde o PSB lançou Geraldo Júlio, abrindo a crise naquela cidade, também aprticipou do almoço. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, também compareceu.

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