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Depois de reagir bem às duas primeiras sessões de radioterapia, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já planeja o retorno ao trabalho e sua participação no desfile da escola de samba Gaviões da Fiel, em São Paulo. A ida ao Fórum Social Mundial, que será realizado no final do mês em Porto Alegre (RS), no entanto, não está confirmada, já que ele deve submeter-se, diariamente, a tratamento no Hospital Sírio Libanês, na capital.

Ontem, Lula foi visitado pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, e pelo ex-presidente do PT e da Petrobras José Eduardo Dutra. Segundo o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, Haddad, que é pré-candidato petista à prefeitura de São Paulo, não falou sobre as eleições nem informou quando deverá deixar o governo para se dedicar à campanha. A expectativa é que ele se desligue do ministério até meados deste mês.

A assessoria do ex-presidente informou que ele passa bem depois das duas primeiras sessões de radioterapia. O petista estuda ainda voltar ao trabalho na próxima semana, despachando no Instituto Lula, em São Paulo.

Lula descobriu o câncer na laringe em outubro passado. Tem um tumor do tipo carcinoma espinocelular, localizado na parte posterior à glote. Já foi submetido a três sessões de quimioterapia e começou o tratamento radioterápico associado a doses mais amenas de químio para potencializar o efeito da radiação. Esta fase do tratamento deverá ser feita em seis semanas, com sessões diárias de segunda a sexta-feira. Nos exames que antecederam a radioterapia, os médicos informaram que o tumor reduziu em 75%.

A técnica utilizada pelos médicos de Lula para a radioterapia é de última geração e evita danos colaterais do tratamento, como a falta de saliva. Chama-se Intensity Modulated Radiation Therapy (IMRT, sigla em inglês) e utiliza um equipamento que permite modular a emissão de radiação, preservando as estruturas que não foram afetadas pelo câncer, como a medula, as glândulas salivares e a parótida.

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