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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarca hoje à tarde nos Estados Unidos para cinco dias de discursos e negociações com pelo menos oito chefes de Estado. Na mala, leva argumentos sobre a necessidade de empenho coletivo ante a crise financeira e o aquecimento global. Na bagagem da volta, trará prêmio do Instituto Woodrow Wilson por sua participação na democratização do Brasil desde os anos 80.

Na quarta, será o primeiro a fa­­­lar na Assembleia Geral da Orga­­­nização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque. Deve cobrar em­­­penho dos países ricos no combate às mudanças climáticas e mostrar o esforço do Brasil diante da crise global.

A partir de quinta, vai integrar a reunião do G-20 Financeiro, na cidade de Pittsburgh. Diante de ministros de Finanças e presidentes dos bancos centrais das 20 maio­­­res economias do mundo, voltará a falar da crise e defenderá reformas no sistema financeiro que evitem quadros como o deflagrado um ano atrás.

Antes de seguir para a Vene­­­­zuela, o presidente brasileiro vai tentar deixar mais uma vez sua marca nos Estados Unidos. Seu discurso na ONU deve ser seguido pe­­lo do presidente norte-americano, Barack Obama, com quem terá o quinto encontro neste ano, apesar de Obama não ter vindo ao Brasil.

Para não dizer o que todos já sabem, terá de ir além da defesa costumeira das medidas anticíclicas. Seu desafio é sensibilizar seus colegas para que não baixem a guarda. Lula defenderá, por exemplo, que o FMI monitore não só os países pobres, mas também as na­­­ções mais ricas do planeta.

"O presidente julga que a maioria dos problemas de fundo (da crise) não foi ainda enfrentada, e há significativas resistências em adotar mecanismos de regulação dos mercados financeiros", afirmou o porta-voz da Presidência da República, Marcelo Baumbach. Em relação às mudanças climáticas, tentará inovar defendendo a transferência de tecnologia para as nações mais pobres na preservação do meio ambiente.

O primeiro compromisso de Lula nos EUA é a recepção do prêmio do Instituto Woodrow Wilson. O presidente da instituição, Lee H. Hamilton, declarou que a escolha de Lula se deve à sua contribuição "decisiva para acabar com o regime militar e para abrir o caminho para a democracia em seu país".

A agenda do brasileiro ainda prevê uma entrevista com jornalistas esportivos estrangeiros para falar da candidatura do Rio de Janeiro para sede dos Jogos Olím­­­picos de 2016. A decisão sobre a sede acontece no início de outubro, na Dinamarca, e uma das concorrentes é Chicago, onde vivia Barack Obama.

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