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foragidos

Dois auditores fiscais são considerados foragidos: Miguel Arcanjo Dias e Márcio de Albuquerque Lima. Lima é ex-inspetor geral de fiscalização da Receita Estadual e companheiro do governador Beto Richa (PSDB) em provas de automobilismo. O auditor deixou o cargo em 2 de março.

A Justiça concedeu nesta quarta-feira (1.º) à tarde mais três mandados de prisão contra auditores fiscais que trabalham na Delegacia da Receita Estadual de Londrina, investigados por participação em uma suposta organização criminosa que mesclava cobrança de propina para liberar a sonegação fiscal.

As prisões de Iris Mendes Silva e Cláudio Tosatto foram cumpridas no meio da tarde, na própria Delegacia da Receita. Eles chegaram ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) por volta das 18 horas. Silva não quis dar entrevista e Tosatto afirmou ser inocente e que não teria relação com os supostos crimes investigados, como sonegação fiscal, organização criminosa e corrupção ativa e passiva.

O terceiro mandado de prisão é contra Orlando Aranda, auditor fiscal que já estava preso e é processado sob a suspeita de favorecimento à prostituição de adolescentes.

Esse é mais um desdobramento da Operação Publicano, deflagrada pelo Gaeco e que já conta com 31 investigados, dentre os quais 12 auditores fiscais. Entre os auditores, dez estão presos e dois estão foragidos.

Ampliação

O coordenador do Gaeco de Londrina, promotor Cláudio Esteves, disse que os mandados de prisão cumpridos refletem um “desdobramento da Operação Publicano”. Segundo Esteves, durante as investigações foram “revelados novos fatos”. Ele disse ainda que os três auditores foram citados em alguns depoimentos, mas que nesse momento “não é possível individualizar condutas” dos investigados.

O primeiro inquérito da Publicano ainda não foi concluído, mas o MP prevê a necessidade de novos procedimentos, e as investigações devem ser ampliadas. “Esses três casos são de prisões, mas há outros investigados”, declarou o promotor.

Depoimento

As prisões foram cumpridas um dia depois de o contador Hederson Flávio Bueno ter se apresentado ao Gaeco e prestado depoimento de cerca de quatro horas e meia. Foi Bueno quem abriu a empresa Tarfil, que, segundo as investigações, teria como atividade exclusiva a venda de notas fiscais falsas para gerar créditos de ICMS junto à Receita Estadual.

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