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Carro de Gérson Almada  foi atacado por manifestantes na saída da Justiça Federal em Curitiba. | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Carro de Gérson Almada foi atacado por manifestantes na saída da Justiça Federal em Curitiba.| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

O executivo da Engevix Gerson Almada foi hostilizado por manifestantes ao deixar a Justiça Federal de Curitiba na tarde desta sexta-feira (29). Almada foi interrogado pelo juiz federal Sergio Moro em um dos processos da Lava Jato ao qual responde, e não deu declarações à imprensa. O depoimento de Almada durou cerca de duas horas. Nessa sexta o juiz ouve os últimos réus da operação Pixuleco, 17a. fase da Lava Jato, entre eles o ex-ministro José Dirceu.

Ao deixar a sede da Justiça, Almada foi hostilizado pelos manifestantes, que gritavam palavras de ordem. Um dos manifestantes, mais exaltado, chegou a bater no carro em que o executivo entrou. A Polícia Militar foi acionada e acompanha a manifestação.

As manifestações em frente a Justiça Federal durante audiências da Lava Jato não são comuns. Nessa sexta, o protesto foi marcado devido ao interrogatório do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. Os manifestantes passaram a tarde em frente à Justiça, gritando palavras de ordem, como “Desembucha José Dirceu” e “Entrega o chefe do esquema”. Os manifestantes trouxeram faixas e cartazes. Em uma delas, se lê “Chegamos na meta (José Dirceu), agora vamos dobrar a meta (Lula e Dilma).

Ex-ministro

O depoimento de Dirceu começou por volta das 16 horas. O advogado Roberto Podoval disse que o ex-ministro vai esclarecer a nomeação do ex-diretor da Petrobras Renato Duque. “Hoje ele vai explicar, não só essa nomeação, como tantas outras”, disse o advogado. “O papel da Casa Civil é assinar as nomeações”, completou.

Sem credibilidade O MPF pediu para que o operador Fernando Moura, que firmou um acordo de colaboração premiada, preste um novo depoimento no processo. O delator teria mudado sua versão da história, alegando ter sofrido ameaças para incriminar Dirceu. Para Podoval, o delator perdeu a credibilidade. “Pra mim não tem a menor relevância, ele já não tem mais credibilidade”, disse o defensor de Dirceu.

Podoval aproveitou para criticar os acordos de colaboração premiada firmados na Lava Jato. “ Virou um bom negocio fazer delação. As pessoas ganharam uma fortuna de dinheiro, entregam uma parte, entregam as pessoas que elas sabem que é quem eles [investigadores] querem. Então se fala do José Dirceu, se fala do Lula, entrega uma parte de seu patrimônio, uma parte de seu dinheiro e continua andando de iate e dando risada”, criticou o advogado.

“Fica a palavra de um delator contra a palavra de Dirceu. A pergunta é por que o José Dirceu não faz uma delação, não entrega alguém e vai embora? Isso seria a coisa mais óbvia. Mas alguns ainda têm caráter, outros nunca tiveram. É uma questão de princípios de cada um”, disse.

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