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Em entrevista à Rede Globo, Meirelles disse que não mexerá em programas sociais | Marcelo Camargo/Agência Brasil
Em entrevista à Rede Globo, Meirelles disse que não mexerá em programas sociais| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro Henrique Meirelles (Fazenda) afirmou que a melhora nas contas públicas passa pelo controle de despesas “que não são tão necessárias”, como o reajuste de salários de “determinados tipos de funcionários que não necessariamente poderia ser justificado pelo aumento das receitas”. Ele, porém, não deu mais detalhes.

As afirmações foram feitas durante entrevista ao programa “Fantástico”, da TV Globo, neste domingo (15).

Questionado sobre as áreas que poderiam sofrer cortes, afirmou que programas sociais não serão afetados e citou medidas já anunciadas, como diminuição do número de ministérios e de cargos comissionados.

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O ministro afirmou que o controle dos gastos públicos está entre as medidas “fortes” que o governo prepara para recuperar a economia e conter o aumento do desemprego. “Temos de entender o que está causando o aumento de desemprego. É porque as empresas estão vendendo menos, portanto, produzindo menos, portanto, demitindo funcionários. Temos que fazer com que a economia volte a andar”, afirmou.

Meirelles disse que o desemprego ainda irá crescer antes que a situação atual seja revertida.

“Imagine um ônibus que vem numa certa velocidade, porque estava acelerando, mas, de repente, resolve-se frear. Mesmo aplicando o freio, no caso do desemprego, o ônibus ainda anda um pouco até parar. Mas o importante é as pessoas sentirem que está diminuindo essa velocidade e que vai parar.”

Contas de luz

O ministro respondeu a perguntas gravadas de telespectadores. Entre elas, sobre uma possível queda do custo da conta de luz e da inflação.

Meirelles afirmou que o corte de gastos vai contribuir para que a inflação recue. Sobre o custo da energia, disse que é necessário investimento, tempo e planejamento para aumentar a oferta.

Em uma crítica à gestão da presidente Dilma Rousseff (PT), disse que não se pode apenas decretar a redução dos preços da energia, como já ocorreu “no passado”.

“Qual o resultado disso? As companhias elétricas que produzem energia passam a ter tremendos prejuízos. Aí alguém tem de pagar e a conta de luz tem de aumentar. Soluções fáceis e imediatas podem agradar no primeiro mês, dois meses, mas depois ele [consumidor] vai reclamar muito, porque vai acabar subindo.”

Previdência

Meirelles afirmou que a Previdência, área incorporada ao Ministério da Fazenda, é parte importante do problema das contas públicas.

O ministro disse que o governo ainda está fazendo as contas e que a questão será debatida com a opinião pública e com o Congresso. Afirmou, no entanto, que no dia em que o governo anunciar alguma mudança, será algo “que não será mudado e que vai funcionar”.

Sobre o reajuste do salário mínimo, afirmou que não adianta dar reajustes altos se não houver dinheiro para pagar. “Tudo precisa ser realista.”

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