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Duas manifestações a poucos metros uma da outra – uma de celebração, outra de repúdio – marcaram ontem o aniversário de 45 anos do golpe de 64 no Rio de Janeiro, ce-lebrados ontem. No Salão Nobre do Clube Militar, cerca de 200 militares, inclusive o chefe do Comando Militar do Leste, general Rui Catão, assistiram a palestra de elogio ao crescimento econômico do Brasil durante a ditadura e aplaudiram com entusiasmo a inauguração de placas com os nomes das 126 vítimas oficiais da guerrilha brasileira. Na porta da entidade, estudantes exigiram a abertura dos arquivos militares, nos quais estariam informações sobre os mais de 100 desaparecidos políticos no período, sob o olhar tenso de soldados da Polícia do Exército e da PM.

"O Brasil ia cair numa ditadura comunista sangrenta", disse o economista Ubiratan Iório. Ele apresentou gráficos e números para tentar demonstrar que, de 1964 a 2008, o Brasil teve seus melhores índices de crescimento no período 64-85, quando foi governado pelos militares. O economista comparou o período anterior ao golpe com o momento atual.

O presidente do Clube Militar, general Gilberto Figueiredo, responsabilizou a esquerda armada pelo prolongamento do regime autoritário. "O mandato do presidente Costa e Silva (1967-69) muito provavelmente teria sido o último do ciclo cívico militar de 64, não fosse a explosão da violência comunista", afirmou.

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