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Eduardo Cunha é acusado de ter mentido à CPI da Petrobras quando negou que tivesse contas no exterior. | Antonio Cruz/Agência Brasil
Eduardo Cunha é acusado de ter mentido à CPI da Petrobras quando negou que tivesse contas no exterior.| Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou no fim da sexta-feira ao Conselho de Ética os documentos relativos às investigações contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Cunha é processado no colegiado por suposta quebra de decoro parlamentar, acusado de ter mentido à CPI da Petrobras no ano passado, ao negar que tivesse contas secretas no exterior.

Os documentos enviados ao Conselho de Ética da Câmara fazem parte do conjunto de provas solicitados pelo relator do processo na Casa, deputado Marcos Rogério (DEM-RO), como parte das investigações contra o peemedebista. Há aproximadamente duas semanas, o Banco Central encaminhou ao Conselho documentos que atestam que as contas de Cunha na Suíça nunca foram declaradas às autoridades brasileiras. Entre os documentos solicitados por Marcos Rogério ainda falta o compartilhamento de informações solicitadas à Procuradoria-Geral da República.

Até agora, os documentos encaminhados pelo ministro Teori Zavascki ainda não foram divulgados pelo Conselho de Ética e o relator precisa ser o primeiro a ter acesso ao conteúdo das investigações. O ministro do STF já havia comunicado ao Conselho que só compartilharia dados da Lava Jato que não comprometessem mais o andamento das investigações. Os documentos foram entregues no fim do expediente de ontem.

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