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Gilberto Occhi deixou o Ministério da Integração Nacional após decisão do PP de deixar a base aliada do governo. | Wilson Dias/Agência Brasil
Gilberto Occhi deixou o Ministério da Integração Nacional após decisão do PP de deixar a base aliada do governo.| Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

O ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, entregou nesta quarta-feira (13) pedido de exoneração à presidente Dilma Rousseff.

A carta de demissão foi apresentada pelo próprio ministro ao chefe de gabinete da Presidência da República, Jaques Wagner.

Em uma rápida conversa, Wagner agradeceu pela atuação do ministro no desastre ambiental de Mariana (MG).

Segundo relatos, Occhi disse que a decisão do PP de abrir mão dos cargos no governo federal “não é definitiva” e que as conversas do partido com o governo federal ainda estão abertas.

Além do ministro, o presidente da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), Felipe Mendes, também apresentará pedido de exoneração nesta quarta-feira (13).

Segundo a reportagem apurou, a carta de demissão do ministro está pronta desde terça (12). Em poucas palavras, ele afirma que tomou a decisão “considerando a orientação partidária”.

Apoio ao impeachment

Com a decisão da bancada do partido de apoiar o impeachment, o presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, colocou os cargos que o partido tem no governo à disposição.

A decisão ocorreu após um dia tenso, durante o qual Ciro se viu derrotado em suas articulações com a bancada da Câmara e se viu obrigado a optar pela unidade do partido.

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“É uma decisão que eu não defendia, não vou negar. Mas não vejo outra alternativa do que acatar a decisão da bancada. O partido solicita a carta de renúncia de quem está no governo. Já falei com o ministro da Interação Nacional, Gilberto Occhi, e com presidente da Codevasf que fizessem as cartas de renúncia como gesto de grandeza e lealdade”, afirmou.

Em uma bancada de 47 deputados, 44 compareceram à reunião que definiu os rumos do partido. Apenas nove declararam votar pela continuidade da petista no cargo, quatro se declararam indecisos e os outros 31 já manifestaram apoio ao impeachment.

Questionado se a legenda passa a apoiar formalmente o impeachment, Ciro Nogueira respondeu que sim. Deixou claro, contudo, que não haverá punição para aqueles parlamentares não seguirem a orientação da sigla.

Ainda assim, o Planalto espera angariar votos dentro do partido contra o afastamento da petista. Pelos cálculos do governo, é possível conseguir pelo menos 14 votos. A expectativa realista é que contam hoje com apenas nove.

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