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O Ministério Público Federal e a ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), não detectaram nenhum indício de irregularidade nas conversas do ministro das Cidades, Márcio Fortes, gravadas ao longo das investigações da Operação Navalha, da Polícia Federal. O conteúdo das gravações foi considerado irrelevante para a investigação do esquema que seria operado pelo dono da construtora Gautama, Zuleido Veras. Nas gravações, Fortes conversa com o lobista Sérgio Sá, supostamente envolvido no esquema de fraudes em licitações públicas.

Mais cedo, Márcio Fortes afirmara, em entrevista à Agência Brasil, que não se lembrava de ter conversado com Sérgio Sá. A máfia foi revelada pela Operação Navalha, da Polícia Federal.

Segundo nota publicada nesta terça-feira, na "Folha de São Paulo", a PF gravou pelo menos três telefonemas, ainda em sigilo, que revelariam intimidade entre Fortes e Sá.

Sérgio Sá é o lobista que, segundo a PF, teria intermediado o pagamento de propina no gabinete do então ministro de Minas e Energia Silas Rondeau. O dinheiro teria sido repassado ao ex- ministro por seu assessor Ivo Almeida Costa, que foi preso. Rondeau negou a acusação e deixou o ministério.

Márcio Fortes afirmou que irá divulgar uma resposta formal com relação à acusação.

"Estou levantando [as ligações], não estou identificando essa pessoa [Sérgio Sá] em nenhuma relação. Eu não me lembro de ter falado com ninguém com esse nome. Depois dou uma notícia formal."

A Operação Navalha foi deflagrada no dia 17 de maio, quando 47 pessoas foram presas, suspeitas de participação em um esquema de fraude em licitações e desvio de recursos públicos federais, estaduais e municipais. Segundo a Polícia Federal, foram apreendidos 38 veículos, além de R$ 1,3 milhão.

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