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O subprocurador do Ministério Público Federal Fracisco Dias Teixeira pediu nesta terça-feira (14) ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) a prorrogação da prisão temporária de 6 dos 18 presos pela Polícia Federal na última sexta-feira (10) suspeitos de envolvimento em um esquema de desvio de dinheiro público no Amapá. Os nomes dos seis não foram divulgados.

Entre as 18 pessoas presas na última sexta-feira pela Polícia Federal estão o governador do estado, Pedro Paulo Dias (PP), o ex-governador Waldez Góes (PDT), e o presidente do Tribunal de Contas do Amapá, José Júlio de Miranda Coelho. Nesta terça, o ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF) negou habeas corpus a Góes e à mulher dele, Marília Xavier.

Segundo a assessoria do MPF, o pedido foi necessário "para não comprometer os depoimentos em curso e o andamento das investigações". O pedido do MPF deve ser analisado ainda nesta terça pelo ministro relator do caso no STJ, João Otávio de Noronha. Caso seja deferido ao pedido de prorrogação da prisão temporária, os seis permanecerão pelo menos mais cinco dias na cadeia.

Investigação

As apurações da Polícia Federal revelaram indícios de um esquema de desvio de recursos da União que eram repassados à Secretaria de Educação do Amapá, provenientes do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef).

Durante a operação da PF foram apreendidos R$ 1 milhão, cinco carros de luxo e quatro armas. Os 18 presos foram transferidos para Brasília. O governador e o presidente do TCE estão na Superintendência da PF, enquanto os outros 16 presos estão em duas penitenciárias da cidade.

Durante a operação, foram mobilizados 600 policiais federais para cumprir 18 mandados de prisão temporária, 87 mandados de condução coercitiva e 94 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Segundo a PF, estão envolvidos no esquema servidores públicos, políticos e empresários.

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