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Escândalo de corrupção

MPF fala em propina mensal no Petrolão

O vice-governador da Bahia, João Leão (PP), afirmou estar “cagando e andando” para as investigações. | Márcia Kalume/Agência Senado
O vice-governador da Bahia, João Leão (PP), afirmou estar “cagando e andando” para as investigações. (Foto: Márcia Kalume/Agência Senado)

O Ministério Público Federal (MPF) revelou na sexta-feira (6), em nota divulgada após a derrubada do sigilo dos inquéritos da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), que pagamentos mensais eram feitos a políticos, que, então, repassavam parte do dinheiro para partidos.

“Segundo os depoimentos, os agentes políticos responsáveis pela indicação de Paulo Roberto Costa para Diretoria de Abastecimento da Petrobras recebiam, mensalmente, um percentual do valor de cada contrato firmado pela diretoria, outra parte era destinada a integrantes do PT responsáveis pela indicação de Renato Duque para Diretoria de Serviços”, diz o texto.

Apadrinhamento

A nota dos procuradores revela também que a Diretoria de Serviços indicava a empreiteira a ser contratada, após o acerto entre as empresas no âmbito do cartel. O MPF informa ainda que, entre 2004 e 2011, quem ficou responsável pela sustentação de Paulo Roberto Costa era o PP, e, a partir de meados de 2011, os integrantes do PMDB assumiram o apadrinhamento. “Daí porque também passaram a receber uma fatia da propina”, traz o texto liberado pelo Ministério Público Federal.

Os procuradores ainda esclareceram que o esquema operado no âmbito da Diretoria de Abastecimento se repetia nas Diretorias de Serviços e Internacional. O pagamento da propina era feito pelas empreiteiras diretamente aos políticos ou por meio de Alberto Youssef, Fernando Baiano e João Vacari Neto.

“Palavrões”

O vice-governador da Bahia, João Felipe de Souza Leão (PP), não economizou nas palavras ao se manifestar após a divulgação de seu nome na lista do STF com nomes de envolvidos em inquéritos relativos à Operação Lava Jato. Após dizer que não entende o motivo de ter sido incluído nas investigações, o vice-governador afirmou estar “cagando e andando, em bom português, na cabeça desses cornos todos”, se referindo às pessoas que o citaram durante as apurações.

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