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Gurgel: pedido de investigação quando parlamentares não viam nada a investigar | Antônio Cruz/ABr
Gurgel: pedido de investigação quando parlamentares não viam nada a investigar| Foto: Antônio Cruz/ABr

R$ 5 mil

é quanto Agnelo Queiroz recebeu de um lobista de indústria farmacêutica quando era diretor da Anvisa. MPF quer apurar esse caso e a ligação de Agnelo com Cachoeira.

Agnelo autoriza quebra de seu sigilo; Perillo faz o mesmo

Justiça já havia autorizado acesso a dados sigilosos do governador do Distrito Federal antes do anúncio feito pelo petista

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CPMI fica distante de apresentar fatos novos

Investigações não avançam com o depoimento dos governadores e expectativa é que quebra de sigilos também não traga novidades

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Num dia em que ficou claro que os depoimentos à CPMI não devem servir para esclarecer as ligações de políticos com o esquema de corrupção do bicheiro Carlinhos Cachoeira, o Ministério Público Federal (MPF) anunciou que pediu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorização para investigar os governadores de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT). O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, requisitou ontem ao STJ a abertura de inquéritos para apurar as suspeitas de que Perillo e Agnelo teriam participado da organização de Cachoeira.

Ambos os governadores foram ouvidos nesta semana pela CPMI (Perillo na terça-feira e Agnelo ontem). Embora as sessões em que os dois depuseram tenham tido momentos de embate entre governistas e oposicionistas, a maioria dos questionamentos aos governadores foi amena – o que levantou a suspeita de que PSDB e PT fizeram um pacto de não agressão para poupar Perillo e Agnelo.

O senador Randolfe Rodrigues (PSol-AP) chegou a reclamar ontem, durante o depoimento de Agnelo, que os parlamentares da CPMI estavam abrindo mão do dever de esclarecer os fatos. Um dia antes, Randolfe já havia levantado a suspeita de haver um pacto entre PSDB e PT para preservar os governadores.

Ainda durante a sessão de ontem, o senador tucano Cassio Cunha Lima, da Paraíba, deu mais um sinal de que o acordo de fato possa existir. E que, da parte do PSDB, não haverá esforços para investigar Agnelo. Lima chegou a isentar tanto o governador tucano quanto o petista de qualquer ligação com o esquema de Cachoeira.

Mais chances

Se o ímpeto dos parlamentares em investigar os governadores na CPMI parece ter arrefecido, o pedido do MPF ao STJ abre a possibilidade de uma nova frente de apuração do caso – com mais chances de prosperar. Como Perillo e Agnelo são governadores e têm foro priveligiado, o MPF tem de pedir autorização ao STJ para abrir inquérito.

Além de pedir autorização para apurar o envolvimento dos dois com Cachoeira, o procurador Roberto Gurgel também requisitou ao STJ permissão para investigar Agnelo por suspeita de irregularidades quando ele estava trabalhando na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O petista, que foi diretor da Anvisa entre 2007 e 2010, recebeu um depósito bancário de R$ 5 mil de um lobista da farmacêutica União Química. O dinheiro caiu na conta de Agnelo no mesmo dia em que ele decidiu autorizar a emissão de um certificado da Anvisa sem o qual a empresa não poderia participar de licitações. Agnelo, que admitiu na época o recebimento do dinheiro, afirmou que se tratava de um pagamento de empréstimo.

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