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Os procuradores do MPF, que sempre buscaram comparar a Operação Lava Jato à Operação Mãos Limpas, da Itália, tem participado das discussões do projeto de lei das “Dez Medidas Contra a Corrupção” de perto, na tentativa que a investigação brasileira não tenha o mesmo fim da italiana. No país europeu, a operação terminou com uma “blindagem” da classe política, com a aprovação de leis que dificultaram as investigações.

Por aqui, os procuradores acompanham de perto a comissão que analisa o chamado pacote anticorrupção e o clima parece ser de apreensão. No momento, a discussão sobre troca de membros da comissão, a “anistia do caixa 2” preocupam os membros do MPF.

O procurador Deltan Dallagnol foi até Brasília, demonstrando que o MPF está com os olhos bem abertos para qualquer tentativa de barrar o projeto. Em sua página no Facebook, Dallagnol chamou de “manobras de líderes partidários” a tentativa de mudança dos deputados na comissão. “É um desrespeito com os 200 milhões de brasileiros que querem um processo de discussão e aperfeiçoamento legítimo no Legislativo - basta dizer que esses deputados ouviram mais de 100 pessoas”, diz o texto. O procurador ainda afirmou se sentir desrespeitado como cidadão.

No Rio de Janeiro, o procurador Athayde Ribeiro da Costa, que faz parte da força-tarefa, também fez um “clamor” para que a sociedade “volte os olhos para o Congresso Nacional”. Costa fez parte da Operação Calicute, que prendeu o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), e afirmou que se as investigações forem abafadas por manobras, a Lava Jato nunca teria acontecido.“O Ministério Público renova o clamor para que a sociedade brasileira fique atenta. Não podemos permitir que a corrupção se perpetue. Temos que avançar em matéria de combate à corrupção e não retroceder”, disse.

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