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MPF vai investigar “batalha” do Centro Cívico

Estado do Paraná poderá ser processado caso se comprove que houve abuso na repressão policial aos manifestantes no dia 29 de abril

Coronel Maurício Tortato vai assumir o comando da PM após os confrontos de abril. | Átila Alberti/ Tribuna
Coronel Maurício Tortato vai assumir o comando da PM após os confrontos de abril. (Foto: Átila Alberti/ Tribuna)

O Ministério Público Federal (MPF) vai investigar se houve violações de direitos humanos, por parte do governo do Paraná, no episódio de repressão à manifestação de servidores no último dia 29 de abril − conhecido como a “batalha” do Centro Cívico. Caso se comprovar que houve abuso, o estado poderá ser processado. A apuração será comandada pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, sob a tutela da procuradora Eloísa Helena Machado.

De acordo com nota divulgada pela procuradoria, as cenas de repressão aos manifestantes pela Polícia Militar, sob a justificativa de conter “black blocs”, foram “incompatíveis com a noção de estado democrático de Direito”.

Serão analisadas informações e imagens registradas no dia do confronto. A Secretaria de Segurança Pública e o comando da Polícia Militar do Paraná deverão responder sobre o deslocamento da PM de outras regiões para Curitiba, com o objetivo de montar guarda em frente do prédio da Assembleia Legislativa.

A prefeitura de Curitiba foi intimada a responder sobre os atendimentos de primeiros socorros a feridos que o poder público municipal promoveu durante o episódio. Na época, a administração municipal divulgou que 213 pessoas ficaram feridas na ação policial.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) deverá responder sobre as medidas que está tomando para apurar supostos abusos. E veículos de comunicação de Curitiba deverão disponibilizar fotos e vídeos que contenham registros de excessos policiais. O trabalho de investigação começará imediatamente. Segundo a assessoria do MPF, só haverá um posicionamento sobre o assunto depois da análise dos materiais.

Outras frentes

Além da investigação do MPF, a batalha do Centro Cívico também está sendo apurada em pelo menos outras três frentes. A Polícia Militar (PM) instaurou um inquérito próprio para investigar excessos. Nessta semana, os policiais que se machucaram no dia 29 começaram a ser ouvidos. A Polícia Civil também abriu um procedimento interno. E o Ministério Público do Paraná (MP-PR) está em fase de coleta de depoimentos, tanto de manifestantes como de policiais envolvidos no episódio. A colaboração ao MP é espontânea.

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