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O Banco Rural voltará a ser alvo do Supremo Tribunal Federal (STF) na próxima segunda-feira (10), quando o julgamento da ação penal do mensalão será retomado. O relator do caso, o ministro Joaquim Barbosa, começará a ler seu voto sobre o quarto item da denúncia, que trata do esquema de lavagem de dinheiro do mensalão.

Nesta quinta (6), o STF concluiu o segundo dos sete capítulos do processo. Seguindo a ordem estabelecida por Barbosa, o julgamento começou pelo item três da denúncia envolvendo desvio da Câmara e do Banco do Brasil. Foram condenados o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, e Marcos Valério e seus dois ex-sócios, Cristiano Paz e Ramon Hollerbach.

A partir de segunda-feira, o tribunal vai analisar os saques feitos em espécie no Banco Rural. Além dos quatro réus do banco, estarão em julgamento integrantes do núcleo operacional do esquema, como Valério e seus ex-sócios. Réus que ainda não passaram pelo crivo dos ministros também serão julgados. É o caso de Geiza Dias, ex-secretária de Valério, chamada por seu advogado de funcionária "mequetrefe" na hierarquia da agência, durante a fase de sustentações orais da defesa.

De acordo com a denúncia do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, os dirigentes do Banco Rural montaram um "sofisticado mecanismo de branqueamento de capitais", usado pelo núcleo do esquema liderado por Valério e seus sócios à época.

Dez acusados de lavagem de dinheiro

No voto, Joaquim Barbosa abordará o que o Ministério Público Federal classificou como "engrenagem financeira" montada pelo Rural e que tornou possível, a partir de 2003, o "recebimento dissimulado" de recursos por quem se beneficiava do esquema do mensalão.

O STF recebeu as denúncias de lavagem de dinheiro contra José Roberto Salgado, Ayanna Tenório, Vinícius Samarane e Kátia Rabello, do Rural, e Marcos Valério, Ramon Hollerbach, Cristiano Paz, Rogério Tolentino, Simone Vasconcelos (diretora das agências de Marcos Valério) e Geiza Dias, do núcleo operacional.

Para o Ministério Público Federal, o Rural criou uma sistemática que possibilitou a transferência, em espécie, de grandes somas de dinheiro com ocultação e dissimulação de natureza, origem, movimentação e destino final.

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