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Pozzobon: “Precisamos aprovar não retrocessos legislativos, mas avanços legislativos”. | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Pozzobon: “Precisamos aprovar não retrocessos legislativos, mas avanços legislativos”.| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

O procurador da Operação Lava Jato Roberson Pozzobon criticou nesta quinta-feira (10) a tentativa dos deputados federais de aprovar no Congresso a anistia ao caixa dois eleitoral. “Caixa dois é crime. Não existe caixa dois inocente”, disse Pozzobon durante coletiva de imprensa da força-tarefa nesta manhã para explicar a 36.ª fase da Lava Jato.

Pozzobon aproveitou para reforçar a importância da criminalização da prática de caixa dois, proposta pelo Ministério Público Federal (MPF) no projeto das Dez Medidas Contra a Corrupção, em tramitação no Congresso. Segundo o procurador, os criminosos “precisam ter medo de praticar esses delitos”, disse. No Congresso, há uma tentativa de aprovar uma espécie de anistia ao caixa dois praticado antes da criminalização proposta pelo MPF. “Precisamos aprovar não retrocessos legislativos, mas avanços legislativos”, criticou Pozzobon.

36.ª fase

O procurador detalhou o esquema investigado na 36.ª fase da Lava Jato, deflagrada nesta quinta-feira. De acordo com Pozzobon, as empresas investigadas firmavam contratos fictícios ou sobrevalorizados com empresas do advogado Rodrigo Tacla Duran e repassavam altos valores ao operador. Em seguida, Duran sacava o dinheiro pago e devolvia parte dos recursos as empresas. “Assim ele propiciava que as empresas tivessem dinheiro para o caixa dois”, explicou o procurador.

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