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O advogado José Gerardo Grossi, que ofereceu emprego em seu escritório ao ex-ministro José Dirceu, disse acreditar que, devido à experiência política do condenado no processo do mensalão, ele será subaproveitado no novo emprego, uma vez que sua missão será tomar conta da biblioteca da banca de advocacia.

Grossi, no entanto, justifica a decisão de encaixar Dirceu nesta função, com salário de R$ 2,1 mil, dizendo que não ofereceu trabalho "ao ministro", mas a um presidiário que está cumprindo pena. "Hoje ele é um presidiário cumprindo pena. Eu não ofereci trabalho para o ministro, mas para o presidiário. Não tenho dúvida [que ele será subaproveitado], mas eu preciso de alguém para organizar a biblioteca e se ele não der conta vou ter que arrumar outro que faça", explicou.

Grossi disse que é amigo de Dirceu há quase 30 anos e que nunca lhe fez, e também não recebeu, pedidos de favor. Alguns dias após a prisão do ex-ministro, o advogado foi visitar detento no complexo penitenciário da Papuda e ficou sabendo que ele poderia precisar de um emprego. "Eu o visitei na Papuda poucos dias após a prisão e ele me falou da expectativa de trabalho externo devido ao regime semiaberto. Quando ele disse isso eu falei que o escritório estava às suas ordens".

Com o oferecimento do emprego, caberá à Vara de Execuções Penais do Distrito Federal analisar a proposta e poderá conceder, ou não, o benefício do trabalho externo.

Réus primários condenados em penas de 4 a 8 anos as cumprem no regime semiaberto, normalmente trabalhando durante o dia dentro do próprio presídio.

Mas, havendo uma proposta fora da unidade prisional, a Justiça pode autorizar o preso a deixar o estabelecimento entre as 8h e 18h para o trabalho. A expectativa é que o pedido de trabalho externo leve pelo menos 15 dias para ser analisado pela Vara de Execuções Penais.

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