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Ministério Público vai investigar ex-prefeitos que deixaram dívidas

Recuperar os municípios será o desafio de prefeitos que assumiram os cargos em 1º de janeiro no Paraná. Os novos administradores encontraram contas a pagar, além de veículos e prédios públicos sucateados. É o caso do prefeito de Ribeirão do Pinhal, Norte do Paraná, que decretou moratória por causa de uma dívida de R$ 2,5 milhões.

Em Balsa Nova, na região metropolitana de Curitiba, um incêndio destruiu parte da sede da Prefeitura. O fogo tomou conta da parte da frente do edifício, onde ficavam as salas do ex-prefeito José Franco Pellizzari, dos assessores e de algumas secretarias. A polícia investiga se o incêndio foi criminoso.

A nova prefeita de Nova Tebas, na região central do estado, assumiu o cargo sem saber a situação do município de 8 mil habitantes, pois não houve transição. Segundo a prefeita Heloisa Jensen, para que os funcionários pudessem entrar nos gabinetes foi necessário chamar um chaveiro.

Dos 15 ônibus da frota de veículos do município apenas um está funcionando. Os cinco postos de saúde que ficam nos distritos estão fechados e o hospital municipal está sem remédios e a despensa da cozinha vazia. O ex-prefeito Djalma Ferreira de Aguiar não foi encontrado para falar sobre o assunto.

No município de Ribeirão do Pinhal, Norte do Paraná, funcionários da saúde encontraram os telefones cortado e pilhas de remédios que teriam sido comprados sem nota fiscal. No parque de máquinas 11 veículos estão parados e apenas seis funcionando. A contabilidade também precisa de conserto. O prefeito diz ter encontrado o caixa com uma dívida de R$ 2,5 milhões. Diante da bagunça, o prefeito decretou moratória por 90 dias.

O ex-prefeito Moacir Lataliza nega as acusações. Sobre a dívida, diz que foi herança da administração anterior à dele e que o valor era ainda maior. "A dívida que tem hoje, quando eu assumi era o dobro dessa dívida", declara.

A prefeitura de Campo Magro, região metropolitana de Curitiba, também está endividada, devendo cerca de R$ 5 milhões. O novo prefeito, José Pase, tenta descobrir onde foi parar o dinheiro descontado do salário dos funcionários que fizeram empréstimos consignados.

Os bancos cobram três meses de repasses atrasados. "Ultrapassa R$ 200 mil só esse empréstimo consignado, mais a folha de pagamento que gira em torno dos R$ 800 mil", disse o prefeito. O caminhão que fazia coleta de lixo reciclável parou por falta de manutenção na embreagem.

Transição complicada também em Campina Grande do Sul, região de Curitiba. O novo prefeito, Luís Assunção, encontrou a prefeitura trancada. Chamou um chaveiro e lá dentro encontrou telefones mudos e computadores sem os arquivos da prefeitura.

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