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| Foto: JONATHAN CAMPOS/ ARQUIVO GAZETA DO POVO

A operação Carne Fraca, da Polícia Federal, investiga diversas irregularidades envolvendo mais de vinte frigoríficos do país – a maior parte deles no Paraná. O delegado Mauricio Moscardi Grillo, que comanda a operação, foi taxativo ao dizer que, no esquema, as empresas não eram extorquidas, mas atuavam como corruptoras.

Alguns frigoríficos já se posicionaram sobre a s investigações. Leias os principais argumentos de defesa das empresas envolvidas no caso.

JBS

Em nota, o grupo detentor das marcas Friboi, Seara, Big Frango, Swift e Maturatta afirmou não tolerar qualquer desvio de qualidade nos seus processos industriais. No comunicado enviado à imprensa, o grupo afirma que nos últimos dois anos, as unidades da JBS receberam 340 auditorias de qualidade e que no despacho da Justiça Federal que deflagrou a operação não há qualquer menção a irregularidades sanitárias ou à qualidade dos produtos da JBS e de suas marcas.

“Os lamentáveis casos citados na imprensa sobre produtos adulterados não envolvem nenhuma das marcas da JBS. Nenhuma planta da JBS foi interditada pelas autoridades”, diz a nota.

O texto afirma ainda que nenhum dirigente ou executivo da empresa foi alvo de medidas judiciais na operação, apenas um funcionário da empresa na unidade de Lapa, no Paraná, foi citado na investigação.

BRF

A outra gigante do setor citada na operação – que detém mais de 30 marcas, entre elas Sadia e Perdigão - contestou as informações apresentadas pela Polícia Federal. Segundo a nota, não há papelão algum dentro dos produtos da BRF.

“Houve um grande mal entendido na interpretação do áudio capturado pela Polícia Federal. O funcionário estava se referindo às embalagens do produto e não ao seu conteúdo”.

Sobre a contaminação das carnes com Salmonella, a empresa afirma que o tipo de bactéria encontrada nas carnes não é proibido pela regulamentação europeia.

“O tipo de Salmonella encontrado em alguns lotes desses quatro contêineres é o Salmonella Saint Paul, que é tolerado pela legislação europeia para carnes in natura e, portanto, não justificaria a proibição de entrada na Itália”

Já sobre as acusações de corrupção, a empresa informou que fará uma apuração independente das acusações e “caso seja verificado qualquer ato incompatível com a legislação vigente, a BRF tomará as medidas cabíveis e com o rigor necessário”.

Peccin

Também por meio de nota, a Peccin Agro Industrial repudiou as “falsas alegações que culminaram com a prisão preventiva de seus diretores. A empresa afirmou que confia que os órgãos competentes saberão discernir “a efetiva veracidade” dos fatos apresentados.

“A Peccin Agro Iindustrial lamenta a divulgação precipitada de inverdades sobre o seu sistema de produção, sendo que as informações repassadas ao grande público foram no afã de justificar os motivos da operação Carne Fraca, modificando os fatos e comprometendo a verdade”, diz o texto.

Demais envolvidos

Outras empresas investigadas pela Polícia Federal também apresentaram seus argumentos. O Frigorífico Argus afirmou atuar há 63 anos no mercado, obedecendo “rigorosamente as observações sanitárias e de qualidade”. A empresa negou interferência na fiscalização do Ministério da Agricultura e a solicitação de “favorecimentos e outras ilicitudes em detrimento da qualidade de seus produtos”.

O Frigorífico Rainha da Paz também disse manter “rigoroso controle de qualidade e de higiene em seu processo produtivo, com o cumprimento das normas sanitárias pertinentes”. Além disso, em nota, a empresa repudiou “veementemente a comercialização de produtos impróprios, alterados e inadequados para o consumo, bem como nega seu envolvimento em quaisquer atos ilícitos”.

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