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O que se sabe sobre o acidente que matou Teori Zavascki

Aeronave King Air caiu no mar, próximo de Paraty, no litoral do Rio de Janeiro, na quinta-feira (19)

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(Foto: Reprodução/Twitter)

O acidente que matou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, e outras quatro pessoas, nesta quinta-feira (19), será investigado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticas (Cenipa).

Por enquanto não há informações sobre os fatores que motivaram o acidente próximo a Paraty, no litoral do Rio de Janeiro.

Abaixo, o que já se sabe sobre o acidente:

Quem estava a bordo

Além do ministro do STF, Teori Zavascki, morreram no acidente o empresário Carlos Alberto Fernandes Filgueiras, a massoterapeuta Maíra Panas, a professora Maria Hilda Panas e o piloto Osmar Rodrigues.

Todos os corpos foram resgatados – três durante a madrugada e outros dois na manhã desta sexta-feira – e encaminhados ao Instituto Médico-Legal de Angra dos Reis.

O avião

A aeronave era um King Air C90GT, um bimotor turboélice de fabricação norte-americana com capacidade para oito pessoas, incluindo o piloto. O avião específico do acidente, de prefixo PR-SOM, foi produzido em 2006.

De acordo com informações da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave pertencia ao Hotel Emiliano, do empresário Carlos Alberto Fernandes Filgueiras, que morreu no acidente. Toda a documentação estava em dia. O certificado era válido até abril de 2022 e a inspeção de manutenção vencia em abril de 2017.

O voo

O avião cumpria um voo entre o Campo de Marte, em São Paulo, e Paraty, no litoral do Rio de Janeiro. A decolagem ocorreu às 13h01 e o tempo previsto do voo era de 30 minutos.

O aeroporto

Paraty tem um aeroporto pequeno, com uma pista de asfalto de 700 metros de comprimento por 23 metros de largura. A região é cercada de montanhas. O aeródromo não possui auxílios de navegação e todos os procedimentos de decolagem e pouso são realizados de forma visual.

Informalmente, pilotos criaram uma carta aeronáutica para facilitar a aproximação via GPS. O procedimento, porém, não é homologado pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea).

A meteorologia

De acordo com radares meteorológicos, a região de Paraty apresentava diversas formações de nuvens e precipitações. Além disso, a distância entre o nível do mar e as nuvens (teto) era baixa. Segundo testemunhas, chovia muito forte na hora do acidente.

A aproximação e o local do acidente

O avião caiu próximo à Ilha Rasa, a 4 quilômetros (2,2 milhas náuticas) da cabeceira 28 do aeroporto de Paraty.

Segundo testemunhas, o piloto havia tentado uma aproximação, mas arremeteu. No procedimento de reaproximação, executou uma curva à direita. Por estar muito próximo à água, acabou se chocando com a asa direita, aproximadamente às 13h45.

Neste local, segundo os procedimentos padrões, o avião deveria estar a uma altitude aproximada de 600 pés (cerca de 183 metros) acima do nível do mar.

A investigação

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) iniciou as investigações sobre o acidente ainda na quinta-feira (19). Os investigadores devem se debruçar sobre o histórico do voo e do piloto, a meteorologia e análise dos destroços e instrumentos.

A caixa-preta que registra as conversas na cabine foi encontrada no início da tarde desta sexta.

Não há prazo para concluir a investigação.

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