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Alvo de polêmica e investigações, a obra do anexo de gabinetes da Assembleia Legislativa de São Paulo, atrasada em dois anos e com custo 158% maior do que o previsto, tem falhas que somam até R$ 1,4 milhão.

Este é o valor que a Companhia Paulista de Obras e Serviços (CPOS) solicitou a mais à Casa, em junho de 2008, só para corrigir erros no prédio de 13 mil m² que teriam sido deixados pela CVP, empresa que iniciou o anexo em 2006.

Em meio ao imbróglio, a construção, apelidada de "obra sem fim", será retomada na quarta-feira (14), com entrega prevista para junho.

Responsável por gerenciar a obra, a CPOS repassou à Assembleia pedido de aditamento (verba extra) de R$ 2,8 milhões feito pela Sistema Engenharia, empreiteira que assumiu a construção.

Presidente da Casa, Vaz de Lima (PSDB), negou, alegando que o valor ultrapassaria o limite legal de 25% de aditamento do contrato (que totaliza R$ 5,6 milhões).

O impasse se arrastou pelos últimos seis meses, período no qual a construção ficou às moscas. Até que, na semana passada, a CPOS aceitou retomar a obra por metade do preço. Questionada, a estatal justificou-se dizendo que o aditivo de R$ 2,8 milhões incluía "reparos" em falhas que foram deixadas pela CVP, que agora deverá fazê-los.

"Quando da negativa da Assembleia à solicitação feita, as planilhas foram analisadas e detectou-se a inclusão de serviços que são considerados refazimentos e que ficarão a cargo das empresas inicialmente contratadas", informou a CPOS, via assessoria.

A reportagem não conseguiu localizar nenhum representante da CVP, após ter a informação da CPOS. A presidência da Assembleia não se pronunciou.

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