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Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empreiteira e que está preso pela Operação Lava Jato | Antônio More/Gazeta do Povo
Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empreiteira e que está preso pela Operação Lava Jato| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

A Odebrecht começou a assinar nesta quinta-feira (1º) o acordo de leniência com procuradores que integram a força-tarefa da Operação Lava Jato, que inclui também os Estados Unidos e a Suíça. O acordo prevê multa de R$ 6,7 bilhões com prazo de pagamento de 20 anos.

Com a leniência, espécie de delação premiada de empresas, a companhia admite irregularidades em contratos com o governo e, em troca, poderá continuar sendo contratada pelo poder público. Parte dos executivos da empresa está em Brasília para começar a assinar os acordos de delação premiada.

Executivos da Odebrecht e Lava Jato fecham a delação “bombástica”

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Até há alguns dias, o último entrave na mesa para o acordo estava relacionado ao valor que seria pago pela empresa aos Estados Unidos, como multa da leniência negociada entre as autoridades norte-americanas, o Brasil e a Suíça. Os EUA pressionavam por um valor maior, o que gerou um impasse na reta final das negociações. Como o dinheiro será repartido entre os três países, a exigência de montante maior pelos norte-americanos gerou um entrave na negociação.

Delações

No caso das delações, as tratativas foram encerradas e restam apenas as formalidades de assinatura do acordo. Apesar de a fase de negociação estar praticamente concluída, o material ainda não será enviado ao ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). Antes de encaminhar as delações para homologação, os procuradores precisam concluir a validação de depoimentos dos delatores, o que pode se estender até as vésperas do recesso do Judiciário, que terá início em 20 de dezembro.

A expectativa é de que após a assinatura dos acordos de delação e leniência a Odebrecht divulgue um comunicado à sociedade sobre a situação do grupo.

Os acordos de delação de 77 executivos já estavam fechados e só não foram assinados na quarta-feira passada (23 de novembro) porque, pouco antes da conclusão dos trabalhos, representantes da Odebrecht e da Procuradoria-Geral da República (PGR) entenderam que deveriam concluir primeiro o acordo de leniência da empresa.

As delações dos principais executivos da empreiteira deverão balançar o sistema político brasileiro. Todos os importantes grupos políticos do país deverão ser atingidos pelas acusações de suborno apresentadas pelos executivos.

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