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Denúncias de corrupção e atraso nas contas desgastam a imagem da presidente Graça Foster | Agência Petrobras
Denúncias de corrupção e atraso nas contas desgastam a imagem da presidente Graça Foster| Foto: Agência Petrobras

A oposição protocolou nesta quinta-feira (20) representações solicitando o afastamento imediato da presidente da Petrobras, Graça Foster, do cargo sob a acusação de que teria mentido durante depoimento da CPI do Congresso que investiga irregularidades na estatal. Os pedidos foram encaminhados para a Procuradoria da República no Distrito Federal e pelo Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União. Assinadas pelo líder do PSDB na Câmara, Antônio Imbassahy (BA), as ações argumentam que Graça não informou à CPI que a estatal foi comunicada sobre descobertas do Ministério Público holandês de que funcionários da empresa receberam propina da SBM Offshore.

A oposição a acusa de mentir em 11 de junho, quando esteve no colegiado. Na ocasião, Marco Maia (PT-RS) perguntou se a Petrobras estava respondendo a alguma "ação no exterior ou no Brasil por conta dessa denúncia". Graça negou.

Em 27 de maio, 15 dias antes, a Petrobras havia recebido uma carta enviada pela SBM, fornecedora de plataformas, avisando que o Ministério Público holandês tinha informação de que "foram pagos valores a empregados da Petrobras por meio do representante no Brasil".

Na representação enviada à Procuradoria da República no DF, Imbassahy solicita que seja analisada a possibilidade de instauração de inquérito criminal para investigar a prática dos crimes de falso testemunho e prevaricação. "Ela perdeu a autoridade moral e mentiu durante o depoimento desta CPMI. Não apenas para os senhores deputados e senhores senadores, mas mentiu para o povo brasileiro", disse Imbassahy.

O tucano acusa Graça ainda de ter utilizado seu cargo para dificultar a investigação e ainda transferir imóveis a familiares depois de saber das denúncias. "Tudo isso sem falar na continuada insistência nos diversos depoimentos no Congresso Nacional de que o negócio na refinaria de Pasadena [nos EUA] não teria qualquer irregularidade, mesmo sabendo de diversos indícios da falcatrua", completou.Na CPI, Graça disse que a apuração interna, entre entre fevereiro e abril, não havia descoberto irregularidades.

Só nesta segunda (17) ela anunciou que a estatal tinha conhecimento dos elementos da investigação internacional. "Imediatamente mesmo, informamos à SBM que ela não participaria de nenhuma licitação conosco".

Procurada, a Petrobras diz que a SBM não confirmou o pagamento de propina, como diz o Ministério Público da Holanda. Conclui, dizendo que, ao receber a carta da ex-fornecedora, a repassou às autoridades competentes. Diz ainda que não reabriu investigação interna após as informações passadas pela SBM.

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