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As aparições do governador Roberto Requião no interior para entrega de ônibus e obras seguem um ritmo de campanha eleitoral. Faltando menos de um ano para a eleição, os deputados da base governista que vão disputar a reeleição e secretários de estado com pretensões políticas tentam capitalizar as inaugurações para ganhar maior projeção junto ao eleitorado.

A solenidade de ontem em Paiçandu, para entrega de 69 ônibus escolares para 29 municípios da região, atraiu 7 deputados e três secretários de estado. Sem contar os prefeitos, vereadores e lideranças que lotaram o palanque que desabou.

Estavam presentes no palco o presidente estadual do PMDB, Waldyr Pugliesi, Luiz Nishimori (PSDB), Dr. Batista (PMN), Artagão Junior (PMDB), Teruo Kato (PMDB), Nereu Moura (PMDB), o deputado federal Odílio Bal­­binotti (PMDB), além dos se­­­cre­­­tários de Estado do Plane­­­jamento, Ênio Verri, de Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari e do secretário de Desenvolvimento Urbano, Forte Netto.

Cabeça

O deputado estadual Nereu Moura (PMDB) machucou a cabeça e teve quer ser encaminhado ao hospital para dar pontos no ferimento. O parlamentar disse que o palanque "não parava mais de cair" e ele acabou no chão em cima do governador. Apesar do susto, fez piada com a situação. "Até no infortúnio não me separo do Requião", disse. "Só podem ser os adversários que montaram o palanque para nós. Eles quiseram empacotar todos de uma só vez", brincou

O deputado Dr. Batista, que é médico, diz que conseguiu cair em pé e machucou só o pescoço. Ele ajudou a socorrer os feridos. "Tudo foi afundando e parecia que eu estava assistindo um filme sem poder fazer nada. Se a gente morresse não saberia o porquê", contou.

Segundo Batista, o secretário do Planejamento, Ênio Verri, e o deputado federal Odílio Balbinoti tiveram que ser encaminhados ao hospital. "O Ênio caiu de ponta cabeça e machucou a perna. O Balbinoti teve suspeita de fratura na clavícula", afirmou.

O sobrinho do governador e secretário do PMDB, João Arruda, também ficou muito assustado com o acidente. Segundo ele, "foi um desespero" quando o palco começou a ceder. "Foi caindo tudo sem ter onde segurar. Uma caixa de som caiu nas minhas costas. Fiquei com medo da parte elétrica dar pane e provocar choques", afirmou. Arruda, que tem uma filha de apenas duas semanas, disse que não pretende subir novamente em palanques tão cedo.

Uma funcionária da prefeitura de Paiçandu, que preferiu não se identificar, chorou ao ver a ce­­­­na. Ela disse que o palco desabou antes mesmo do primeiro discurso da solenidade. As famílias que estavam assistindo à entrega dos ônibus ficaram em pânico. "Foi horrível, as pessoas foram caindo por cima das outras", disse. "O governador passou mancando do meu lado e parecia sentir muita dor", afirmou.

A solenidade era tão esperada na cidade que a prefeitura de Paiçandu interrompeu o expediente para que os funcionários pudessem prestigiar o evento. O prefeito, segundo ela, ficou "arrasado" com a tragédia.

Após o acidente, o governador Requião e alguns deputados foram a um restaurante para almoçar e se recuperar do susto.

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