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A sessão do julgamento do mensalão desta quarta-feira (13) começou com uma homenagem de mais de 40 minutos ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres Britto. Esta é a última sessão dele em plenário devido à sua aposentadoria compulsória no próximo domingo (18), quando completa 70 anos. Emocionado, Britto afirmou que o Supremo está mudando a cultura do País.

O primeiro a homenageá-lo foi o ministro Celso de Mello, decano da Corte. Ele falou sobre a exigência constitucional de aposentadoria aos 70 anos e adiantou que não pretende esperar este prazo, que no seu caso expira em 2015. Celso de Mello referiu-se a Ayres Britto como um dos grandes juízes a passar pelo tribunal. "Ministro cujos julgamentos luminosos tiveram impacto decisivo na vida dos cidadãos dessa República e na vida das instituições democráticas deste País".

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, e o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, também fizeram pronunciamentos com elogios a Ayres Britto.

Na sequência, o presidente do tribunal agradeceu as homenagens, o apoio da esposa e de seus cinco filhos. Aproveitou ainda para agradecer ao ex-ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, por sua indicação e lembrou ter atuado com Bastos e o advogado Marcelo Leonardo quando era conselheiro da OAB. Bastos e Marcelo Leonardo são advogados de José Roberto Salgado, ex-vice-presidente do Banco Rural, e do empresário Marcos Valério, ambos condenados no mensalão.

Ayres Britto aproveitou para falar sobre a atuação do tribunal. "O Supremo Tribunal Federal está mudando a cultura do País a partir dessa Constituição que quer essa mudança para melhor", afirmou o presidente. Ressaltou ainda considerar-se uma pessoa feliz. "Eu sou um homem feliz, mas muito feliz porque estou chegando ao fim do meu mandato e de meu período no Supremo com saúde, com ânimo, com alegria e com entusiasmo".

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