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Paulo Octávio renuncia; aliado de Arruda assume governo no Distrito Federal

Novo governador interino do DF diz que não fará "mudanças bruscas"

O novo governador interino do Distrito Federal, Wilson Lima (PR), divulgou nota nesta terça-feira (23) em que diz que não fará "mudanças bruscas" e que não vai aceitar "ingerências políticas" em sua gestão. Lima afirma que assume no "momento mais delicado" da história política do DF.

O deputado assumiu o governo local automaticamente após a renúncia do vice-governador Paulo Octávio (sem partido, ex-DEM) na tarde desta terça. Nesta quarta (24), o Diário da Câmara traz publicada a renúncia de Paulo Octávio e o empossamento de Lima no cargo de govenador interino.

Lima diz que quer ser um "instrumento para uma transição democrática entre um governo eleito e outro governo eleito", em uma referência à possível intervenção pedida pelo Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel. Lima afirma que não será "empecilho à volta da normalidade".

No lugar de Lima, que ocupava a presidência da Câmara Legislativa, assume interinamente o deputado Cabo Patrício (PT), que já esteve no cargo durante as licenças de Leonardo Prudente (sem partido, ex-DEM), que ficou conhecido como "deputado da meia" após ser flagrado escondendo nas roupas dinheiro do suposto esquema de propina no governo local, que ficou conhecido como mensalão do DEM de Brasília.

"É um direito dele", diz Lula sobre renúncia de Octávio

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse esta noite que a decisão de Paulo Octávio de renunciar ao cargo de governador interino do Distrito Federal é um direito dele. "É um direito dele, de renunciar. É um direto do povo votar pela legislação", afirmou. Lula ressaltou que o presidente da Câmara dos deputados Wilson Lima, vai assumir o governo do Distrito Federal. "Vai assumir o presidente da Camara Legislativa. Estamos aguardando decisão da suprema corte se vai ter intervenção ou não.

Veja a nota de Wilson Lima

"Assumo interinamente o governo do Distrito Federal no momento mais delicado de nossa ainda curta história política. Não escolhi estar nessa posição não a almejei, mas não posso fugir à responsabilidade e ao dever de assumi-la.

A missão que o destino colocou em minhas mãos deve ser enfrentada com serenidade, humildade, e muita reflexão. Há um sentimento de desilusão na população. Há quem defenda como solução a ruptura política e a intervenção federal.

Isso equivale a cassar a soberania do povo brasiliense, soberania conquistada no bojo da redemocratização de nosso país. Sei do peso da responsabilidade quem me é transferida neste momento. O compromisso que posso assumir, ao aceitar tão árdua missão, é com normalidade democrática. De não permitir a paralisia do governo, para que as obras e ações sociais sejam levadas até o fim, não piorando ainda mais as coisas para o povo desta cidade.

Quero ser apenas e tão somente o instrumento para uma transição democrática entre um governo eleito e outro governo eleito. Não serei empecilho à volta da normalidade. Não criarei um único obstáculo para a condução democrática de nossa cidade. Não farei mudanças bruscas, e não aceitarei nenhuma ingerência política.

E, Deus me permita, jamais darei um motivo sequer para aumentar a desconfiança que setores da sociedade nutrem não só em relação aos políticos quanto à política de modo geral.

O momento agora, para mim, é de reconhecimento e reflexão, antes de assumir de fato e de direito as responsabilidades de governar Brasília.

A todos aqueles que como eu amam Brasília, afirmo que farei o que estiver ao alcance de minhas forças para, seja qual for o período em que o Governo do Distrito Federal estiver sob meu comando, honrar cada minuto de minha passagem por este posto.

Que Deus ilumine a todos.

Deputado Wilson Lima"

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