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Operação Lava-Jato

PF investigará ação de doleiro em três empresas

Suspeita é que Laboratório Labogen, Malga Engenharia e MO Consultoria seriam usados por Youssef para lavar dinheiro, desviar recursos e pagar propinas

Delta chegou a contratar uma das empresas suspeitas | Euclides Eutrami Jr./ Futura Press
Delta chegou a contratar uma das empresas suspeitas (Foto: Euclides Eutrami Jr./ Futura Press)

O relatório final da Operação Lava Jato, concluído na terça-feira pela Polícia Federal (PF), terá, no mínimo, três desdobramentos. Os novos inquéritos darão atenção a situações que apareceram na operação mas não foram investigadas a fundo.

Um deles irá se debruçar sobre a Labogen, indústria de medicamentos. A empresa funcionaria como fachada para lavagem de dinheiro do doleiro Alberto Youssef. A PF interceptou uma troca de mensagens entre o doleiro e o deputado federal André Vargas (PT-PR), então vice-presidente da Câmara dos Deputados, na qual Youssef pede para o petista interceder pelo laboratório no Ministério da Saúde.

Outro inquérito vai tratar da Malga Engenharia. Para a PF, a empresa estaria registrada em nome de laranjas e pertenceria a Youssef. A Malga chegou a ser sublocada pela Delta Construções, do empresário Fernando Cavendish, para atuar em obras de recuperação da BR-163, entre Guaíra e Marechal Cândido Rondon, no Oeste do Paraná. A Delta é suspeita de ter desviado R$ 300 milhões de obras públicas.

Uma terceira investigação terá como foco a MO Consultoria, empresa de fachada que seria utilizada pelo doleiro em negócios ilícitos com a Petrobras. A PF suspeita que entraria na conta da MO dinheiro de propina paga por empresas com interesse em fornecer à Petrobras. Parte do valor seria depois repassado a políticos e funcionários públicos. "Além da apresentação dos resultados da análise do material apreendido, igualmente serão oportunamente apresentadas as sugestões para os pertinentes desdobramentos", afirma o relatório final da Lava Jato, que pediu o indiciamento de 46 pessoas.

Ontem, a defesa de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, que está preso, solicitou ao Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região a transferência dele para o Rio de Janeiro. A defesa também requereu a revogação da prisão, já que Costa foi preso para a PF investigar o crime de corrupção ativa, mas Costa não foi indiciado por este crime. Ele irá responder por falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e por integrar organização criminosa.

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