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Palácio do Planalto: intenção da presidente Dilma é que o plebiscito seja realizado em agosto | Michael Melo/Jornal de Brasília
Palácio do Planalto: intenção da presidente Dilma é que o plebiscito seja realizado em agosto| Foto: Michael Melo/Jornal de Brasília

Nas diversas reuniões que vem realizando desde que lançou a ideia de uma consulta pública sobre a reforma política, a presidente Dilma Rousseff tem pedido sugestões sobre as perguntas que devem ser feitas à população, destacando que elas precisam ser as mais objetivas possíveis. Está prevista para hoje uma reunião na Presidência com líderes e presidentes dos partidos da base para tratar dos temas da reforma política que serão abordados. Amanhã, o encontro será com a oposição.

Ontem, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, que está sendo uma espécie de porta-voz do governo nesse assunto, declarou que "todos os partidos serão formalmente convidados a apresentarem suas propostas e que ela [a presidente] fará consulta direta aos presidentes dos partidos e também com as lideranças da Câmara e do Senado, de governo e de oposição".

A intenção do Planalto é apressar e queimar etapas para que as perguntas especificas já tenham sido objeto de consenso pelos diversos segmentos. A presidente quer condensar as sugestões o quanto antes. Ela pretende encaminhá-las ao Congresso até a próxima terça-feira, sob forma de mensagem, e pedindo a convocação do plebiscito – que pelos planos do governo teria de ser realizado até agosto. Para o Planalto, é "primordial" que as mudanças sejam aprovadas até o início de outubro e estejam em vigor na eleição de 2014.

O governo reconhece que o tema é complexo e de difícil entendimento para a população e já prepara uma campanha publicitária para ser veiculada em rádio e tevê. O Planalto também já avalia três perguntas a serem feitas à população. A primeira seria sobre o sistema eleitoral para o Poder Legislativo. Se o eleitor escolheria entre um sistema proporcional, como é hoje; um sistema majoritário (em que os mais votados em distritos eleitorais são eleitos); ou um sistema misto. A segunda pergunta seria se o eleitor apoiaria a lista aberta (como é hoje); a lista fechada (voto só no partido); ou o voto em dois turnos (no primeiro, vota-se no partido; no segundo, no candidato).

A terceira pergunta seria se o eleitor quer que o sistema de financiamento de campanha continue misto (público e privado), como é hoje; se poderia ser um sistema exclusivamente público; ou se seria um financiamento público com a possibilidade de doações apenas de pessoas físicas, com limite de contribuição. Ontem, na reunião com os presidentes das centrais sindicais em Brasília, a presidente Dilma defendeu o financiamento público das campanhas, sob o argumento de que é a melhor forma de coibir o abuso do poder econômico nas eleições.

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