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A direção nacional do PP ainda negocia principalmente com o grupo da Bahia para ter o máximo de votos a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Na conta interna, o deputado Waldir Maranhão (PP-MA) continua contra o impeachment. A negociação maior é com os deputados do estado, porque o vice-governador João Leão, que é do partido, quer que os parlamentares locais votem contra o impeachment. A pressão do governador da Bahia, o petista Rui Costa, é grande. Mas a Bahia é um dos últimos estados a ser chamado para votação. Por isso, se até lá, os 342 a favor do impeachment já tiverem sido alcançados, a tendência é que os deputados mudem e votem com o partido. É a chamada onda da votação.

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O PP tem a quarta maior bancada da Câmara, com 45 deputados. Eles podem ter papel decisivo na votação, junto com parlamentares do PR e PSD, todos cortejados pelo governo e pelo grupo de Temer. Integrante da direção, o deputado Ricardo Barros disse que há a busca pela unidade. “Está caminhando bem. Aumenta a adesão à decisão do partido de fechar questão pelo impeachment”, disse Ricardo Barros.

Com 100% do PP, votos pró-impeachment vão passar de 380, diz oposição

Deputados do comitê parlamentar pró-impeachment atualizaram para mais de 380 os votos pela aprovação do parecer na Câmara, mais do que os 368 contabilizados ontem na noite desse sábado (16).

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Guerra de versões

O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), ligou nesta madrugada para o ex-ministro Eliseu Padilha, um dos mais fiéis escudeiros do vice-presidente, para garantir que 100% da bancada votará a favor do impeachment.

O grupo que defende a saída de Dilma Rousseff na legenda garante que reconquistou o voto, inclusive do deputado Waldir Maranhão (MA), que mudou sua posição na sexta-feira, e foi destituído do comando do PP no Maranhão, e Eduardo da Fonte (PE), que vem negociando com o Palácio do Planalto.

O grupo de Maranhão, no entanto, está reunido na manhã deste domingo no apartamento do vice-presidente da Câmara, entre os presentes estão os deputados Macedo (CE), Roberto Britto (BA) e Adail Carneiro (BA), e garantem que votarão contra o impeachment, contrariando a decisão do PP, que fechou questão a favor do impedimento.

O deputado Jerônimo Goergen (RS), um dos maiores defensores do impeachment, garantiu que o presidente virou os votos de Maranhão e da bancada da Bahia, além do voto de Eduardo da Fonte.

“Entre o deputado ser expulso e perder diretório ou votar com unidade e fortalecer o partido, é melhor vir conosco para um novo governo. Eles entenderam, estamos 100% fechados a favor do impeachment. Quando chegar na Bahia e em Pernambuco, a votação já vai estar decidida. Além disso, o Maranhão sofreu muita pressão no estado”, disse Goergen.

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