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Com 115 anos, o Palácio Rio Branco apresenta rachaduras, trincas e fendas no guarda-corpo do mezanino | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Com 115 anos, o Palácio Rio Branco apresenta rachaduras, trincas e fendas no guarda-corpo do mezanino| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Palácio Iguaçu

Sem data para começar

Ainda não há prazo para o início da reforma do Palácio Iguaçu. Segundo informações da Secretaria Estadual de Obras, a licitação das obras deve ser feita neste segundo semestre, mas não se sabe em que mês. A secretaria também não tem uma previsão do custo da reforma. Segundo a assessoria de imprensa do órgão, o projeto está em fase de orçamento. Em 2006, quando começou a planejar a obra, o governo estadual previa gastos de aproximadamente R$ 15 milhões.

O Palácio Iguaçu está fechado desde maio de 2007, quando a sede de governo foi transferida para o Palácio das Araucárias. O Palácio do Iguaçu foi alvo de diversas críticas de Roberto Requião. As diversas mudanças feitas no local para adaptá-lo às novas necessidades o teria tornado "um labirinto de salinhas", comentou o governador em 2007. (CO)

  • As paredes também foram danificadas por instabilidades na estrutura do prédio

O prédio histórico da Câmara Municipal de Curitiba – o Palácio Rio Branco – passará por uma ampla reforma, para reforço de estrutura e restauração da arquitetura original. A previsão é que as obras comecem no fim de setembro e durem cerca de um ano e meio. A última reforma do edifício, localizado na Rua Barão do Rio Branco, no Centro, ocorreu em 1992.

Ainda não existe um orçamento oficial, mas a estimativa é que será desembolsado cerca de R$ 1 milhão. O dinheiro deverá vir do Fundo Especial da Câmara, criado no ano passado pelos vereadores. O fundo é composto pela economia dos recursos repassados pelo Executivo ao Legislativo e que antes eram devolvidos à prefeitura. Só no ano passado, a Câmara devolveu R$ 2,9 milhões aos cofres do município.

O foco da obra será a estrutura do prédio. Para conter os problemas nas fundações do edifício, serão colocadas cintas metálicas ao redor das vigas de sustentação. Com 115 anos, o Palácio Rio Branco apresenta rachaduras, trincas e fendas no guarda-corpo do mezanino e nas paredes. Isso ocorreu devido a instabilidades na estrutura, causadas por alterações no solo e pelas vibrações da passagem de veículos nas ruas laterais. Também contribuiu para os problemas a forma de construção do prédio, com uma fundação superficial.

Além da reforma estrutural, o prédio passará por uma restauração para recuperar e preservar as características originais do Palácio. O carpete vermelho, que hoje cobre o chão do plenário, deverá ser retirado para revelar o piso de madeira original. Além disso, a cor das paredes que foi usada na época da inauguração será recuperada e os desenhos que enfeitam o teto passarão por reparos.

O palácio também ganhará novas instalações elétricas, de telefone, computadores e sistemas de prevenção a incêndio e descargas atmosféricas. Haverá ainda uma reestruturação de parte do telhado, para evitar a infiltração de água da chuva. Outro ponto da reforma é a revisão em todo o sistema hidráulico, para adequá-lo às novas necessidades do edifício.

Já em em agosto, quando os vereadores voltarem do recesso parlamentar, as sessões passarão a ser realizadas no plenário do anexo 2, onde normalmente são feitas as audiências públicas da Casa. A sala será adaptada para as sessões e receberá as bancadas e cadeiras. Também haverá ajustes no sistema de som do anexo. Já as sessões solenes, que ocorrem na Palácio, estão suspensas.

O presidente da Câmara, vereador João Cláudio Derosso (PSDB) – que está no cargo há quase 14 anos – conta que seu desejo é destinar o Palácio Rio Branco apenas para as sessões solenes e valorizar o prédio histórico como um espaço cultural. "Quero que a Câmara deixe de ser um local essencialmente político e também seja um espaço de cultura. Um pouco da história do estado passou por aqui", afirma.

O Palácio Rio Branco, que antes da construção do Centro Cívico abrigava a Assembleia Legislativa do Paraná, faz parte do chamado Eixo de Poder da cidade, conta o professor de arquitetura brasileira Key Imaguire Júnior, da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Esse eixo começa onde era a estação ferroviária da cidade (atualmente o Shopping Estação) e passa também pelo Paço Municipal, que abrigava a prefeitura.

Na opinião do professor, o fato de o prédio abrigar até hoje as sessões plenárias da Casa não é um problema para a conservação do palácio. "O uso é importante para a conservação. É isso que ajuda a manter o prédio", argumenta.

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