O prefeito de Marília, Mário Bulgareli (PDT), renunciou nesta terça-feira (5) ao mandato. Em carta encaminhada à Câmara Municipal da cidade, ele não explicita os motivos da renúncia, alegando apenas que a decisão é "irrevogável". O pedido formal de renúncia foi protocolado por volta das 16 horas pelo procurador geral do município, Luiz Carlos Pfeifer, e a carta deveria ser lida, nesta segunda, na sessão ordinária da Câmara. Com a renúncia, assume o vice-prefeito, Ticiano Toffoli (PT).
Antes da renúncia, o nome do prefeito estava envolvido em várias denúncias e chegou a se cogitar que ele poderia se afastar de suas funções por licença médica. A renúncia ocorre num momento em que a Câmara Municipal decidia se instaurava ou não uma comissão processante para verificar o envolvimento dele no esquema de corrupção encabeçado por Nelson Granciéri, chefe de gabinete e secretário da Fazenda afastado, que acabou preso pela Polícia Federal em novembro de 2011.
O pedido de cassação que tramitava na Câmara Municipal de Marília era baseado na chamada "Operação Dízimo", deflagrada no final do ano passado pela Polícia Federal e Gaeco. As investigações apontaram que o ex-chefe de gabinete e ex-secretário da fazenda de Marília seria o responsável pelo pagamento de um tipo de mensalão a aliados políticos. Ainda de acordo com as denúncias, o prefeito Mário Bulgareli poderia estar também envolvido no esquema. Em menos de um ano, esse era o terceiro pedido para que uma CPI sobre o caso fosse instalada.
Bulgareli estava em seu segundo mandato. Em seu primeiro mandato ele foi eleito pelo PSDB. Já na segunda gestão, se filiou ao PDT.
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