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Fruet cobrou repasses de convênios do governo estadual e disse esperar que atrasos sejam em função de detalhes burocráticos e não de problemas políticos | Henry Milleo/ Gazeta do Povo
Fruet cobrou repasses de convênios do governo estadual e disse esperar que atrasos sejam em função de detalhes burocráticos e não de problemas políticos| Foto: Henry Milleo/ Gazeta do Povo

Em um balanço das atividades do primeiro semestre, o prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), reafirmou que a tônica deste primeiro ano de mandato será de austeridade. De acordo com ele, a atual gestão já dá como certo que, ao final do ano, haverá um déficit nas contas do município. Segundo a prefeitura, a previsão inicial era de um déficit de 10% do orçamento, mas com os cortes em gastos de custeio, o prejuízo ficou em 5%. A meta, agora, é baixar esse déficit para 3%. O prefeito participou ontem da reabertura das sessões da Câmara de Curitiba.

De acordo com o superintendente da Secretaria de Finanças, José Carlos Marucci, as receitas foram superestimadas no orçamento de 2013, especialmente em relação ao Imposto Sobre Serviço (ISS). Além disso, os gastos com funcionalismo foram mais altos do que o esperado no final do ano, especialmente por causa da incorporação de gratificações nos salários dos servidores.

As dívidas de curto prazo, estimadas em R$ 578 milhões, também jogam pressão nesse déficit. Além das contas já previstas no orçamento, a prefeitura teve de arcar com dívidas de fornecedores e empresas prestadoras de serviços que deixaram de ser pagas em 2012. Desse valor, R$ 403 milhões não foram empenhados. Segundo os números apresentados por Fruet, a prefeitura já pagou R$ 237 milhões, sendo que R$ 132 milhões se referem à dívida não empenhada. Parte da dívida será paga nos próximos anos.

Para compensar essas perdas, Fruet destacou a redução em gastos de custeio. Segundo ele, a prefeitura economizou 12,4% em relação ao mesmo período do ano passado, somando um total de quase R$ 200 milhões. "Não se faz essa economia sem algum tipo de sacrifício, mas temos que fazer esses cortes já no primeiro ano. Se não, ficaremos discutindo cortes até o fim do mandato", disse.

Apesar da projeção de déficit, o município teve um superávit no primeiro quadrimestre de 2013: R$ 254 milhões. A análise da prefeitura, entretanto, é que isso não deve ser considerado, por si só, um bom sinal. Mais de 50% do IPTU foi pago já nos primeiros meses do ano, uma vez que a prefeitura oferece benefícios a quem paga o imposto adiantado. Logo, a tendência é uma queda na arrecadação até o fim do ano.

Atritos

Durante a sessão, Fruet criticou a postura do governo estadual em alguns convênios entre os dois poderes, incluindo a aquisição de mobiliário para unidades de saúde e a revitalização de vias do município. De acordo com ele, está havendo demora no repasse dessas verbas. Ele disse, entretanto, que espera que sejam problemas "burocráticos", e não políticos.

O governo do estado informou que aguarda o término das obras nas unidades de saúde para liberar a verba. Já no caso da pavimentação, a prefeitura teria extrapolado os prazos estabelecidos no convênio para executar as ordens.

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