Presidência do Senado em troca da absolvição

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Os deputados paranaenses Barbosa Neto (PDT), Osmar Serraglio (PMDB), e os senadores Alvaro Dias (PSDB) e Osmar Dias (PDT) acreditam na absolvição do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). "Conversei com os senadores Álvaro Dias e Osmar Dias e senti que os dois estão desanimados, pois parece que a situação está mais para a absolvição", disse Barbosa Neto, por volta das 15h desta quarta-feira, ao jornalista André Gonçalves, correspondente da Gazeta do Povo em Brasília, e que está na porta do Senado, onde acontece a votação fechada de cassação.

Serraglio acredita estar havendo um acordo. Segundo ele, Renan "abriria mão da presidência do Senado em troca da absolvição". Serraglio conversou com o jornalista quando passava pelo local.

Já o deputado paranaense Rocha Loures (PMDB) tem uma posição contrária. Ele acredita que a votação resultará na cassação de Renan. Quanto a troca de socos e empurrões entre o deputado Raul Jungmann (PPS-PE) e os seguranças da Casa, Loures disse que "a imagem que fica é a desestruturação do Senado".

O jornalista conversou ainda por telefone com Gustavo Fruet (PSDB), que está dentro da sessão de votação. Fruet disse que, até as 16h, o momento mais tenso teria sido uma bate-boca entre Demóstenes Torres (DEM-GO) e Renan Calheiros. Torres teria dito que "quanto mais Renan tenta provar sua inocência, mais ele se enrola e que seria uma burrice". Renan pediu respeito. Torres respondeu: "Peço desculpa, não é burrice... é pouca inteligência".