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Luiz Eduardo Carneiro, CEO da OSX, na chegada ao IML. | Átila Alberti/ Tribuna do Paraná
Luiz Eduardo Carneiro, CEO da OSX, na chegada ao IML.| Foto: Átila Alberti/ Tribuna do Paraná

As sete pessoas presas na 34ª fase da Operação Lava Jato, a mais recente, passaram por exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal de Curitiba na manhã deste sábado (24). Elas foram presos na última quinta (22) e trazidas para a capital paranaense, onde ficam à disposição da Justiça na carceragem da Polícia Federal, no Santa Cândida. O procedimento médico é padrão após as prisões e durou pouco mais de 40 minutos.

A atual etapa da operação foi batizada de Arquivo X e investiga três núcleos de corrupção. Estão na mira os contratos de construção de duas plataformas de exploração de petróleo na camada do pré-sal entre a Petrobras e um consórcio formado pela OSX Construções Navais, do empresário Eike Batista, e pela Mendes Junior Engenharia (Consórcio Integra Ofsshore). O acordo foi selado no ano de 2012 e o Ministério Público Federal identificou três repasses feitos em 2013 que podem ter sido ilícitos. Para o MPF, a OSX e a Mendes Junior só conseguiram o contrato, no valor de US$ 922 milhões, porque pagaram propina a agentes públicos e políticos.

Átila Alberti/ Tribuna do Paraná

Passaram pelo exame Danilo Baptista, Francisco Corrales Kindelan, Julio César Oliveira Silva, Luiz Eduardo Guimarães Carneiro, Luiz Eduardo Neto Tachard, Luiz Claudio Machado Ribeiro e Ruben Costa Val. Todas as prisões são temporárias, válidas por cinco dias, e vencem na próxima segunda-feira (26), mas podem ser prorrogadas por igual período ou ainda ser convertidas em preventivas – quando não há prazo para soltura. Kindelan é empresário e foi o último a ser capturado porque estava na Espanha.

Além das prisões, os policiais também cumpriram mandados de busca e apreensão na sede da petroleira e construtora naval, que fica no 10º andar de um prédio no Centro do Rio de Janeiro.

Peixe grande

O alvo principal da Operação Arquivo X foi o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, que atuou nos governos petistas Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva. Isso porque, de acordo com o procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima, ele pediu ao empresário Eike Batista uma “doação” de dinheiro durante uma reunião ocorrida em novembro de 2012. O argumento de Mantega, no encontro, teria sido o de que o montante – R$ 5 milhões – seria usado para quitar dívidas eleitorais da primeira campanha presidencial de Dilma. O ex-ministro chegou a ser preso na quinta-feira, mas teve a prisão revogada poucas horas depois pelo juiz federal Sergio Moro.

Ainda conforme o procurador, os pagamentos feitos por Eike foram operacionalizados por Mônica Moura, mulher do marqueteiro do PT João Santana. O casal foi preso em fevereiro deste ano, na 23ª fase da Lava Jato, mas acabou solto no dia 1º de agosto.

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