O novo governador da Paraíba, José Maranhão (PMDB), disse nesta sexta-feira (20), que não acredita que os processos que o investigam no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) atrapalhem sua governabilidade no estado. Maranhão tomou posse no lugar de Cássio Cunha Lima (PSDB), que teve o mandato cassado pelo TSE.
"Os dois processos que tem lá não foram movidos contra mim, mas contra o prefeito de Campina Grande numa eleição municipal, da qual evidentemente eu não era parte. Tanto assim que fomos absolvidos desses processos aqui na Paraíba. E certamente vamos ser absolvidos também no Tribunal Superior Eleitoral. Esses processos dizem respeito às eleições para senador e não eleições para governador", disse Maranhão, em entrevista ao programa "Estúdio i", da Globo News.
O novo governador, que assumiu o cargo na quarta-feira (18), é investigado em oito processos que tramitam no TSE, dois deles relativos às eleições de 2006, a mesma em que foram cometidas as irregularidades que levaram à cassação de Cunha Lima.
Boa relação com Lula
Durante a entrevista, Maranhão disse que espera contar com a "boa relação" que tem com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para governar o estado. O governador disse que o PT, partido do seu vice, deve participar também do governo.
O governador paraibano, que nesta quinta-feira (19) assinou um ato exonerando mais de 1 mil servidores de cargos comissionados, disse ainda que espera contar com o apoio dos deputados estaduais, a maioria de oposição, e da Assembléia Legislativa, que é presidida pelo tucano Arthur Cunha Lima, primo do ex-governador.
"Sem dúvida, há dificuldades na Assembléia onde não temos maioria. Mas o que vai se impor aos parlamentares, como elemento de convencimento, é a natureza dos projetos. Qual o deputado que pode ficar contra medida para normalizar a segurança publica? Contra a saúde pública? Acredito que nenhum", disse Maranhão, que afirma acreditar no "espírito públicos dos adversários".
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