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O Líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), vai pedi que o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, explique a venda de poços de petróleo da Petrobras na África. O tucano também solicitará que o TCU (Tribunal de Contas da União) realize uma auditoria especial sobre a operação.

Segundo Imbassahy, há informações de que dois bancos internacionais avaliaram, de forma conservadora, os ativos da Petrobras na África em um valor mínimo superior a US$ 7 bilhões. "Dois bancos de primeira linha errarem grosseiramente em suas avaliações é algo muito incomum. E vender os ativos a um valor 50% menos do que a avaliação mínima de US$ 3,16 bilhão é um forte indício de que Petrobras sofreu prejuízo", afirmou o parlamentar.

Reportagem da Folha de S.Paulo de ontem mostrou que a troca no comando da Petrobras, em 2012, feita pela presidente Dilma, mudou o rumo de uma negociação bilionária de venda de poços de petróleo da estatal na África. O negócio, que estava nas mãos de um diretor indicado pelo PMDB, foi para um subordinado de Graça Foster.

Em 2013, o banco BTG Pactual pagou US$ 1,5 bilhão para ficar com metade das operações africanas da Petrobras e se tornar sócio da estatal. O valor obtido pela venda despertou desconfianças, porque a gestão anterior calculava que os ativos valiam quase quatro vezes mais. Para o banco, o negócio foi tão bom que, em menos de oito meses, começou a recuperar o capital investido e tirou de lá US$ 150 milhões para distribuir lucro aos acionistas.

"A venda dos blocos de exploração na África foi mais um péssimo negócio para a Petrobras, que provocou perda bilionária para a empresa brasileira, assim como a compra de Pasadena. Essas negociações precisam ser esclarecidas pela Petrobras e também pela presidente Dilma, que tem responsabilidade sobre essas operações. Ela foi presidente do Conselho de Administração, aprovou Pasadena, e acompanhou essas negociações na África", afirmou Imbassahy.

De acordo com o Líder do PSDB, a venda dos ativos na África também terá de ser investigada pela CPI Mista. De acordo com o parlamentar, os blocos de exploração na África deveriam ser objeto de estudos e avaliações aprofundados, e que, pelo visto, não ocorreram ou não foram seguidos.

"A CPI terá muito a investigar e a esclarecer. Esses negócios no exterior estão se revelando uma caixa-preta. Em cada operação que se analisa, verifica-se mais um negócio ruim para a estatal. Não há empresa que suporte uma sucessão de prejuízos bilionários decorrentes dessa gestão nociva e danosa dos governos do PT, de Lula e Dilma."

Por fim, o parlamentar afirmou que Dilma e o PT aparelharam e partidarizaram a estatal, empresa que tem total apreço dos brasileiros. "O governo Dilma e o PT se mostram desesperados pela iminência da CPMI, que terá acesso a contas bancárias e movimentações financeiras. Querem omitir que estão no governo há quase 12 anos e fugir da responsabilidade que têm por tudo de ruim e de danoso envolvendo a Petrobras que o país tem tomado conhecimento", concluiu Imbassahy.

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