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A coordenação de campanha do PT vai trocar mais uma vez vez o programa de governo de Dilma Rousseff no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo reportagem publicada pelo jornal "O Estado de S. Paulo" neste sábado (10), a nova versão do programa deve eliminar temas controversos, como críticas aos meios de comunicação, que constavam do primeiro programa apresentado ao TSE e que permaneceram no segundo.

A terceira proposta deve agregar sugestões de PMDB, PSB, PDT, PCdoB, PSC e outros partidos da aliança e terá um formato com mais "cara" de plano de governo. A primeira versão apresentada pela campanha de Dilma ao TSE era na verdade uma compilação de resoluções aprovadas pelo 4º. Congresso Nacional do PT, em fevereiro – entre elas as que previam o controle da mídia e a taxação de grandes fortunas.

O deputado estadual Rui Falcão (PT), um dos coordenadores da campanha da petista, disse ao jornal não haver problema na nova substituição que será feita à Justiça Eleitoral, apesar de o primeiro programa ter sido rubricado por Dilma e pelo presidente do partido, José Eduardo Dutra.

A primeira troca dos programas motivou críticas mútuas entre a candidata do PT e o tucano José Serra. O candidato do PSDB disse na última quarta-feira (7) que achava "incrível" a petista assinar o programa sem ler. "Você não assina um programa assim sem dar uma olhada naquilo que tem", disse o tucano.

Dilma rebateu no mesmo dia. "É muito barulho por nada", afirmou, embora tenha reconhecido que assinou o programa sem ler. "Me pediram uma rubrica, eu estava embarcando para viajar, e rubricar é rubricar. Rubriquei todos os documentos, os meus documentos pessoais, que são os mais importantes, e foi rubricado junto."

O PSDB também não apresentou um programa de governo ao TSE, mas discursos do candidato tucano com propostas sobre os rumos do país. O deputado Rodrigo de Castro (MG), secretário-geral do PSDB e um dos coordenadores da campanha de Serra, disse ao G1 que o partido não vai fazer a substituição do documento apresentado à Justiça eleitoral.

"A diferença é muito grande entre os dois materiais apresentados ao TSE. O do PSDB tem um peso muito forte, por se tratar de um discurso, de uma fala do nosso candidato, em que ele aborda os compromissos com o país, caso eleito. Aliás, o discurso ressalta a proposta", afirmou.

Trocas

Segundo o TSE, substituições de programas podem ser feitas até a análise do registro de candidatura feito pelos ministros do tribunal. O prazo para análise das candidaturas vai até 5 de agosto.

Caso haja a falta de um documento considerado indispensável para o deferimento – como o programa de governo –, a legislação eleitoral permite a abertura de prazo de 72 horas para que o candidato complemente a documentação.

O programa de governo serve para que o tribunal analise se entre as propostas do candidato não há pontos que possam afrontar a Constituição e os princípios democráticos, diz o TSE.

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