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Câmara

Relator pedirá início de ação contra André Vargas

Se o parecer for aprovado, o processo segue, podendo levar à cassação do petista

Vargas voou em jato cedido pelo doleiro Alberto Youssef | Brunno Covello/Gazeta do Povo
Vargas voou em jato cedido pelo doleiro Alberto Youssef (Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo)

O deputado Júlio Delgado (PSB-MG), relator do caso do deputado André Vargas (PT-PR) no Conselho de Ética, votará pela abertura do processo contra o parlamentar, que renunciou à vice-presidência da Câmara após divulgadas suas relações com o doleiro Alberto Youssef.

Se o parecer for aprovado, o processo segue, podendo levar à cassação do petista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. A representação contra o paranaense foi apresentada por três partidos da oposição: PSDB, DEM e PPS.

Investigação

André Vargas (PT-PR) vem sendo pressionado a explicar suas relações com o doleiro desde o dia 1.º de abril. Reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo apontou que o deputado usou um avião contratado por Youssef para voar de férias com a família.

Pressionado, o petista deixou o cargo de vice-presidente da Câmara e cogitou renunciar ao mandato parlamentar. No dia 14 de abril, chegou a anunciar para pessoas próximas que renunciaria nos dias seguintes, mas a medida não interromperia o processo de cassação, que havia sido aberto no Conselho de Ética. Como o processo já estava em curso, ele ficaria inelegível por oito anos caso renunciasse — mesma punição que poderá receber caso tenha o mandato cassado. O processo de cassação, porém, pode fazer com que a punição só valha a partir de 2019, caso a decisão saia depois das eleições de outubro.

Se Vargas apresentar renúncia, ela será aceita, diz Henrique Alves

Agência O Globo

De volta de uma viagem à China, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), comunicou ao deputado André Vargas (PT-PR) que, se ele apresentar sua renúncia ao mandato, ela será aceita de imediato, independentemente do estágio em que esteja o processo no Conselho de Ética da Câmara. "É um ato unilateral dele. Se ele quiser renunciar, não há o que discutir. É só aceitar e convocar o suplente. Como pode ficar na Câmara um renunciado? Participa das sessões? Vai votar? Cria-se um problema jurídico", disse Alves.Nem mesmo os aliados mais próximos de Vargas arriscam cravar se ele irá de fato apresentar sua renúncia devido às idas e vindas do petista nas últimas semanas. O certo é que há forte pressão dentro de seu partido para que ele deixe logo o mandato e evite um sangramento maior do PT.

Colaborou Euclides Lucas Garcia.

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