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A onda de ataques no Rio de Janeiro, que começou na madrugada desta quinta-feira, continuou durante todo o dia. De acordo com o último balanço divulgado pela secretaria de Segurança Pública, em menos de 24 horas, pelo menos 18 pessoas morreram e mais de 20 ficaram feridas nos 15 ataques em série em diversos pontos do Rio de Janeiro, da Zona Sul da capital à Baixada Fluminense.

Pela manhã desta quinta-feira, em Bangu, Zona Oeste, três ônibus queimados: um da Viação Campo Grande, na Rua Maria Estrela, esquina com a Rua Ministro Ari Franco; os outros dois ônibus estariam na Estrada do Engenho, segundo informações do 14º BPM (Bangu). Segundo policiais, cerca de 20 bandidos da favela Vila Aliança atearam fogo nos ônibus, por volta das 7h. À tarde, outros três ônibus foram incendiados: um da empresa Santo Antônio, no Largo da Batalha, em Niterói, outro na Rua Cosmorama, em frente ao campo do América, em Mesquita, na Baixada Fluminense, e outro em Santíssimo - esse ainda não cofirmado pela secretaria de Segurança Pública. Não há informações sobre vítimas.

Na Taquara, em Jacarepaguá, Zona Oeste da cidade do Rio, um ônibus teria sido saqueado e um posto da Polícia Militar, metralhado. Todas as lojas fecharam as portas e houve um arrastão. Em vários outros pontos da cidade o comércio também fechou mais cedo.

Os ataques começaram no início da madrugada, quando oito homens fortemente armados interceptaram dois ônibus que passavam pela alça que liga a Rodovia Washington Luiz (Rio-Petrópolis) à Avenida Brasil, próximo à favela de Cidade Alta, em Cordovil. Um deles era da empresa Itapemirim, com 28 passageiros que seguiam de Cachoeiro de Itapemirim (Espírito Santo) para São Paulo, e o outro da Viação União. Segundo testemunhas, os criminosos não deram tempo para que todos os passageiros descessem dos ônibus. Sete pessoas que viajavam no ônibus da Itapemirim morreram. Há outros dois passageiros em estado grave no hospital, com 90% do corpo queimados.

A Polícia Militar está ocupando 23 favelas no Rio por causa dos ataques ocorridos durante a madrugada e a manhã desta quinta-feira em vários pontos da cidades e também municípios vizinhos. Entre as comunidades ocupadas estão os morros do Salgueiro, Borel, Andaraí e Turano e as favelas do Dique, da Coréia, Favelas Kelson's e Cidade Alta.

A PM informou ainda que haverá reforço no número de homens em todos os batalhões do Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e na Baixada Fluminense. Os policiais vão estar de prontidão nos quartéis e em operações em pontos considerados estratégicos. O policiamento vai se manter em alerta máximo até que os órgãos de inteligência da Secretaria de Segurança informem que o risco de novos ataques diminuiu.

Desde a madrugada desta quinta, 18 pessoas morreram: sete passageiros de um ônibus interestadual da empresa Itapemirim; uma ambulante atingida por tiros em Botafogo; um homem baleado quando prestava queixa numa delegacia; dois policiais militares e sete bandidos (dois deles no fim da manhã, após confrontos com a polícia na Favela Arará, no Caju, Zona Portuária, e no Morro da Mineira, no Centro). Entre os feridos, 14 civis e oito policiais. Oito bandidos foram presos. Três deles pela manhã, acusados de participar do atentado contra o ônibus em Cordovil. À tarde, mais quatro suspeitos foram presos na área da 38ª DP (Brás de Pina) e um na área da 79ª DP (Jurujuba). A polícia apreendeu ainda uma granada M-4, dois fuzis e quatro pistolas de grosso calibre.

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