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Crise no Congresso

Roberto Jefferson depõe na CPI do Mensalão

Começou pouco depois das 10h15 o depoimento do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) na CPI do Mensalão. É o primeiro depoimento da CPI que investiga o pagamento de mesada a parlamentares da base em troca de apoio ao governo. Jefferson deve repetir as denúncias que já fez no Conselho de Ética da Câmara e na CPI dos Correios. O depoimento estava previsto para começar às 9h, mas atrasou devido às discussões prévias dos parlamentares sobre o andamento dos trabalhos da comissão.

O presidente da CPI, senador Amir Lando (PMDB-RO), pediu mais objetividade nas perguntas dos parlamentares e lembrou que o povo brasileiro acompanha o depoimento pela TV.- Vamos dar à Nação uma lição de civilidade e não de violência. Não é qualificando, injuriando, chamando o depoente de ladrão que nós vamos resolver - afirmou Lando, acrescentando que em certos momentos, a virulência lembra os métodos de investigação da época da ditadura.

Amir Lando também decidiu que Jefferson não precisará assinar o termo de compromisso com a verdade, que exige responsabilidade do depoente diante das questões levantadas pelos parlamentares. Segundo Lando, Jefferson já tem sigilo bancário e fiscal disponíveis, o que dispensaria a necessidade da assinatura do documento. Jefferson é acusado de participar de irregularidades em licitações dos Correios.

O senador João Bartisa Motta (PMDB -ES) pediu a quebra de sigilo bancário de todos os parlamentares e servidores dos gabinetes com o objetivo de fazer um encontro de contas. O presidente da CPI pediu que o requerimento do senador fosse feito por escrito e discutido posteriormente.

O deputado Ibrahim Abi-Ackel(PP-mG) pediu aos parlamentares um esforço para que a investigação não saia do foco.A comissão também deverá ouvir o empresário Marcos Valério, acusado por Jefferson de ser o responsável pelo pagamento de mesadas a deputados da base do governo, e o deputado José Dirceu (PT-SP), ex-ministro chefe da Casa Civil.

Lando pediu informações à Polícia Federal, ao Ministério Público e à CPI dos Correios e aposta no cruzamento dos dados contidos nos documentos para apurar as responsabilidades dos envolvidos nas denúncias de compra de votos de parlamentares.

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