A presidente Dilma Rousseff escolheu no último sábado Rodrigo Janot para assumir a Procuradoria-Geral da República, no lugar de Roberto Gurgel. Janot, 56 anos, agora será submetido a sabatina no Senado, antes de ser oficializado no cargo. Até seu nome ser aprovado, fica no posto a procuradora Helenita Acioli, vice-presidente do Conselho Nacional do Ministério Público.
Favorito desde o início, o mineiro Janot era o primeiro colocado na lista tríplice encaminhada à Presidência pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). Nas últimas semanas, contudo, Dilma passou a sabatinar os três integrantes da lista desejava nomear uma mulher para comandar o Ministério Público Federal. A indicação saiu quase quatro meses após o envio da relação ao Planalto. Janot teve 511 votos. Ela Wiecko teve 457, e Deborah Duprat, 445.
Decisão
Na volta de viagem oficial ao Paraguai, na quinta-feira, a presidente se reuniu com os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Luís Inácio Adams (Advocacia-Geral da União) no Palácio da Alvorada, mas não bateu o martelo. A inclinação de Dilma para nomear uma mulher não bastou para que ela decidisse desrespeitar a lista tríplice justamente quando o Supremo Tribunal Federal retoma o julgamento do mensalão.
Janot ingressou no Ministério Público em 1984 e virou subprocurador-geral da República há dez anos. Tem bom trânsito em partidos da base e da oposição, o que aumentou o lobby a seu favor.
Em nota, o Planalto faz referência à "brilhante carreira" do escolhido, que "reúne todos os requisitos para chefiar o Ministério Público com independência, transparência e apego à Constituição".
Destaca, ainda, o currículo de Janot, especializado em direito do consumidor e meio ambiente pela Escola Superior de Estudos Universitários de S. Anna, na Itália.
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