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| Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O procurador-geral da República Rodrigo Janot pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquéritos para investigar o senador Romário (PSB-RJ) e os deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Jutahy Júnior (PSDB-BA).

A suspeita é de que Romário teria recebido caixa dois de campanha na eleição de 2014 – a empreiteira Odebrecht supostamente deu R$ 100 mil ao senador. Registrada no STF como a petição 6.052, a investigação sigilosa ainda é inicial e caberá aos procuradores levantar provas se de fato houve pagamentos.

A informação foi publicada na edição deste sábado (11) da revista “Época”. Segundo a reportagem, as investigações partiram de mensagens encontradas nos celulares dos empreiteiros Marcelo Odebrecht, ex-presidente e herdeiro da Odebrecht, e Léo Pinheiro, sócio da OAS. Ambos tentam negociar um acordo de delação premiada com os procuradores da Lava Jato.

A reportagem afirma que Janot pediu para investigar os parlamentares pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro e que os casos não estão necessariamente ligados ao esquema de desvios da Petrobras.

Moro chama Dilma como testemunha de Marcelo Odebrecht

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O nome de Romário aparece em mensagens trocadas entre Marcelo Odebrecht e Benedicto Barbosa da Silva Júnior, um dos principais executivos do grupo, que chegou a ser preso no início deste ano.

A suspeita da Procuradoria é de que a Odebrecht tenha depositado R$ 100 mil no caixa dois da campanha de Romário para o Senado, em 2014.

Os indícios de pagamento de caixa dois para as campanhas de 2014 de Rodrigo Maia e Jutahy Júnior foram encontradas em trocas de mensagem do celular de Léo Pinheiro, da OAS. À revista, os três políticos negaram as acusações e qualquer ato ilícito envolvendo as campanhas de 2014.

Delação de Vaccari

O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, condenado a 24 de anos de prisão em duas ações penais, fará delação premiada, segundo edição deste sábado (11) da revista “Veja”.

Preso há um ano e dois meses no Complexo-Médico Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (PR), ele teria dito a outros detentos da Lava Jato em março que não faria acordo com os procuradores que investigam a Lava Jato.

“Não posso delatar porque sou um fundador do partido. Se eu falar, entrego a alma do PT. E tem mais: o pessoal da CUT me mata assim que eu botar a cara na rua”, disse o ex-tesoureiro, conforme a publicação.

Vaccari mudou de postura, segundo a “Veja”, e emissários da família dele estão sondando advogados especializados no assunto, abordando até o teor de uma eventual delação.

Ainda, de acordo a reportagem, um dos tópicos que seriam oferecidos é a campanha eleitoral da presidente afastada Dilma Rousseff de 2014, incluindo provas documentais.

O texto afirma que o líder do PT na Câmara Afonso Florence e o ex-deputado paranaense Ângelo Vanhoni foram ao presídio falar com o ex-tesoureiro e retornaram a Brasília relatando que a delação será uma “explosão controlada”, já que os depoimentos teriam também a função de provar a “ilegitimidade do governo Temer”.

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