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Em seus cálculos para fechar o orçamento de 2015, que vai registrar déficit primário mais uma vez, a equipe econômica encontrou um buraco de quase R$ 50 bilhões nas receitas estimadas para este ano e discute com a presidente Dilma Rousseff o que fazer para definir as mudanças na meta fiscal encaminhada ao Congresso.

Segundo assessores presidenciais, o Ministério da Fazenda refez suas estimativas sobre o comportamento da arrecadação neste ano e detectou uma “frustração de receitas de quase R$ 50 bilhões”. Já as despesas não aumentaram e ficaram no mesmo patamar do último relatório do governo, calculadas em R$ 1,106 trilhão.

Na sua última avaliação orçamentária, divulgada em setembro, o governo estimou que as receitas deste ano chegariam a R$ 1,112 trilhão. O número já representava uma queda de R$ 11,3 bilhões em relação ao projetado em julho. Agora há uma nova queda estimada de R$ 50 bilhões.

Na terça-feira (20), a equipe econômica reuniu-se com o ministro Jaques Wagner (Casa Civil) para discutir as mudanças no orçamento de 2015. Durante a reunião, estava prevista uma conferência pela internet com a presidente Dilma, que está na Finlândia e quer analisar as projeções de seus ministros na volta ao Brasil. A expectativa é que ela tome uma decisão nesta quarta-feira (21). Dentro das discussões, o governo analisa se assume um déficit de quase R$ 50 bilhões ou se fará outros ajustes em despesas para reduzi-lo.

Além disso, o Planalto também pretende pagar pelo menos parte do passivo das pedaladas fiscais deste ano, estimadas em R$ 40 bilhões. Com isso, o déficit no orçamento de 2015 tem potencial para superar os R$ 50 bilhões.

O governo já havia modificado sua meta de superávit deste ano de 1,1% do PIB para 0,15% do PIB, mas até hoje esta alteração não foi aprovada pelo Congresso.

A equipe econômica discute agora o que fazer para readequar a meta à nova realidade de frustração de receita e pagamento de pedaladas. Pode elevar os abatimentos já previstos, incluindo na conta, por exemplo, os pagamentos do PAC .

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