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| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

O chefe da Casa Civil do governo do Paraná, Valdir Rossoni (PSDB), desistiu na tarde desta sexta-feira (15) de reassumir a vaga de deputado federal e participar da votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Rossoni teve receio de, ao voltar para a Câmara, reabrir a disputa pelas cadeiras de suplente da coligação que o elegeu (União pelo Paraná), em 2014. O primeiro suplente é Osmar Bertoldi (DEM), que está preso preventivamente desde 25 de fevereiro, acusado de agredir a ex-noiva.

Há duas semanas, Bertoldi entrou com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para ficar com a vaga deixada por Rossoni em março, após assumir a Casa Civil da gestão Beto Richa. O temor de Rossoni era que, ao assumir, fosse retomado o imbróglio jurídico sobre a questão.

Se Bertoldi ficasse com vaga, provavelmente não conseguiria assumir até domingo e não participaria da votação – faltas, na prática, contam a favor de Dilma. Rossoni é favorável ao impeachment.

Pela ordem, os quatro primeiro suplentes da coligação são Bertoldi, Reinhold Stephanes (PSD), Nelson Padovani (PSDB) e Paulo Martins (PSDB). Como Bertoldi foi impedido de assumir devido à prisão e Stephanes se licenciou para assumir a Secretaria Estadual de Administração, Padovani e Martins ficaram com as vagas de titulares. A volta de Rossoni modificaria essa distribuição e Martins ficaria de fora.

Rossoni chegou a deixar a Casa Civil para participar da votação. “Permaneço em Brasília até amanhã [sábado]. Não vou votar, mas estarei nas manifestações a favor do impeachment, seja na frente do Congresso, seja em Curitiba”, declarou.

Stephanes

Stephanes também não vai deixar o governo para votar. Por estar à frente de Martins e Padovani, ele poderia assumir o mandato no lugar de Rossoni ou Edmar Arruda (PSD), licenciado. Segundo o secretário, há um temor de que, ao assumir o mandato, seja reaberta a disputa jurídica pela cadeira. Além disso, Stephanes diz que Martins, que deixaria a Câmara, tem o mesmo posicionamento que ele sobre o assunto.

Meu posicionamento favorável ao impedimento é de conhecimento público”, afirmou Stephanes. “Além das razões éticas que me encaminham nessa direção e das implicações da presidente em atos contrários à Lei de Responsabilidade Fiscal, não há nenhuma condição de o governo federal, na configuração em que se encontra, reverter a situação desastrosa da economia brasileira.”

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