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O presidente do Senado e integrante da Academia Brasileira de Letras, José Sarney (PMDB-AP) divulgou na tarde desta sexta-feira (18) uma nota oficial em que lamenta a morte do escritor português José Saramago. Sarney classificou o escritor como um "autor de estilo difícil e provocador".

Sarney afirmou que tinha com o escritor português uma relação "estreita e carinhosa". O presidente do Senado lembrou de uma visita que Saramago fez ao Maranhão em 1989. Na ocasião, segundo Sarney, o escritor teria deslumbrado-se "com a arquitetura colonial portuguesa de São Luís". O peemedebista ainda afirmou que sentiu-se honrado por ter sido escolhido para saudar o escritor quando ele recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade de Brasília, em 1997.

Veja a íntegra da nota do presidente do Senado:

A perda de um escritor do porte de José Saramago abre um espaço na literatura de língua portuguesa. Autor de estilo difícil e provocador, trabalhava seus personagens sempre com características psicológicas.

Quando foi escolhido Nobel, achei que tinham preterido Jorge Amado, maior do que ele. Mas Saramago tornou-se um personagem mitológico, um centauro que dividia a literatura com a política, sempre em posições críticas sobre a sociedade atual.

Tínhamos uma convivência estreita e carinhosa. Mas ele me conquistou definitivamente quando visitou o Maranhão, em 1989, e deslumbrou-se com a arquitetura colonial portuguesa de São Luís. Ao olhar as ruínas de Alcântara, disse que aquele era o lugar ideal para se passar os últimos dias da vida. Tive a honra de ser escolhido para saudá-lo quando, em 1997, recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade de Brasília.

Saramago morreu no ápice de sua produção literária. Prova disso é o seu último livro intitulado "Caim", onde repete a temática exuberante e uma jovialidade que enganava a idade cronológica. Deixa marca indelével.

José Sarney

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