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Palestra será aberta ao público. Quem não conseguir entrar na tenda, poderá acompanhar a fala de Dilma por meio de telões. | Antônio More/Gazeta do Povo
Palestra será aberta ao público. Quem não conseguir entrar na tenda, poderá acompanhar a fala de Dilma por meio de telões.| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

A presidente Dilma Rousseff (PT) desembarca em Curitiba, nesta segunda-feira (8), para um “ato em defesa da democracia”. Ela é a principal atração do Circo da Democracia, evento que reúne mais de 100 entidades e movimentos sociais.

Os 600 lugares da “plateia”, sob a lona do circo, foram distribuídos entre os organizadores. Mas o acesso à Praça Santos Andrade, onde a estrutura está instalada, vai ser liberado. Telões vão ser instalados do lado de fora e as escadarias da Universidade Federal do Paraná (UFPR) devem servir de arquibancada para o público. Nenhum esquema especial de segurança foi organizado para o evento.

Circo da Democracia aponta que apoio a plebiscito pode salvar mandato de Dilma

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A praça é a mesma onde a atriz Letícia Sabatella foi hostilizada, durante ato pró-impeachment no domingo, dia 31 de julho. Mas, para os organizadores, não há risco de tumulto. A aposta é de que a própria presença de um grande número de pessoas favoráveis à presidente iniba militantes contrários. Além disso, o local foi inspecionado pela Polícia Militar e Copo de Bombeiros do Paraná e pela equipe de segurança de Dilma, que elogiou o esquema de segurança montado no local.

Marcada para às 17h, a palestra de Dilma pode coincidir com a aula do juiz Sergio Moro, que ocorre nas segundas-feiras à noite, justamente na UFPR da Praça Santos Andrade. Moro é responsável pela Operação Lava Jato, que rendeu à cidade o apelido de “República de Curitiba”, termo adotado por militantes pró-impeachment.

Para os organizadores do “Circo”, o evento é uma forma de mostrar que há outras correntes de opinião na cidade, igualmente fortes. “A Curitiba da democracia”, resume o advogado Eduardo Faria, um dos organizadores do evento.

Faria faz questão de frisar que não é um evento “petista” ou favorável ao governo de Rousseff. “Todos que estão são contra o impeachment. Mas dizer que é só isso é reducionista”. Além de política, o evento tem seis outros eixos: educação, direitos humanos, comunicação, Estado, economia, organização social. Cada um deles terá palestras com nomes de referência locais e nacionais. Além disso, a programação artística conta com mais de 150 convidados.

“Não é o objetivo do circo ser contra o impeachment. A Dilma é uma das pessoas que vai estar aqui em defesa da democracia, em um momento em que a democracia foi golpeada”, explica Faria, em referência ao processo que afastou a presidente, no Congresso Nacional. Em debate na noite de domingo (7), o jurista Carlos Frederico Marés explicou que o nome do evento é uma referência ao “Circo da Constituinte”. Realizado em 1987, em Curitiba, o evento reuniu movimentos sociais para debater propostas para a nova constituição, que seria aprovada no ano seguinte.

Ainda assim, a expectativa é de que a presidente discurse de olho na votação do impeachment, que deve ocorrer nos próximos dias 25 e 26 de agosto, no Senado Federal. Além de um novo pacote de medidas econômicas, ela pode anunciar o compromisso com um plebiscito em que a população decidiria entre o seu mandato ou a convocação de novas eleições, segundo relataram os senadores Roberto Requião (PMDB/PR) e Vanessa Graziotin (PCdoB/AM), em debate na noite deste domingo (7).

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